domingo, 4 de agosto de 2013

E agora?

Quantas vezes disse que este Blog estaria numa nova fase.... Imensas.

Mas acho que agora preciso de voltar à escrita, à emoção, ao sentir as palavras como sentia. Digo isto agora...Daqui a umas horas, dias ou semanas poderá ser completamente diferente. Sempre disse que os blogs servem como um diário em que todos nós anotamos palavras frases e muito mais e no fundo são os nossos companheiros.

Agora, neste preciso momento, sinto-me vazio, vazio... Um vazio enorme dentro de mim, como que tivesse voltado aos meus anos de adolescência. Todos nós crescemos, mas a vida faz-nos sempre pensar no passado.

O passado que nos atormenta, que nós tentamos escapar, evitar e eliminar. O passado que nos pressegue e nos obriga a cair num poço...Num poço escuro e fundo. De lá só saímos com ajuda, com uma corda para subir e um grito "Está aí alguém?". Aí nós tentamo-nos reerguer e, por vezes, conseguimos.

Pensamos, porém, que nós é que somos o problema. E sim, é isso que estou a pensar agora. Que sou eu que estrago tudo, porque, como já publiquei aqui há uns largos meses: Quando as pessoas me conhecem ou engraçam comigo ou me detestam. Depois, quanto mais me vão conhecendo, mais me vão detestando e afastando. No entanto, quem se ligou a mim fica com os caminhos abertos para a vida porque as memórias ficam retidas dentro de si.

No fundo eu é que tenho uma personalidade de gancho e um modo de vida diferente. No fundo, eu é que acabo por me vir embora mais cedo, porque preciso de chegar à outra margem e continuar a realizar tarefas.

Dir-me-ão... Lá estás tu, sempre negativista, sempre melodramátrico, sempre tu... Sim, sempre eu! Sempre eu, porque as palavras não se gastam com a escrita, embelecem-se. E ao embelecerem-se refletem o estado espírito de quem as escreveu. Pessoas tristes, deixarão marcas de tristeza. Pessoas contentes, deixarão marcas de contentia... No fundo, o desabafo e a partilha é o que nos faz sentir melhor, sentir algo que podemos agarrar e que nos faz voar - na pesquisa de palavras para a nossa amadora escrita.


Sem dúvida que sou eu - euzinho neste Portugalzinho do costumezinho bonitinho que devemos repelir a todo o custo, abananado, sem rumo, a pensar no fazer e no que falar; sem sorriso e sem vontade de sorrir; sem fome e sem vontade de comer; com uma praia bela à frente e sem vontade de a pisar.

E agora? 

Agora tenho de começar a pensar, pensar porque as horas passam e o terror e as borboletas na barriga chegam. Chegam porque eu quero reerguer-me, mas não sei se encontro o grito e a corda.... Sem elas ficarei aqui, neste pedaço de Terra, litologia antiga, centrária, no meio desta terra com dono, mas sem monotonia durante o dia - Apenas oiço o barulho... o Barulho dos outros... Porque eu, mal me posso mexer com medo dos minutos, do tempo, de não existir grito e corda.... 

Com medo do que aí virá...

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Vale ou não?

Até pode parecer que não, mas a ideia que tinha quando iniciei este blog era simplesmente partilhar ideias e pensamentos que me vinham à cabeça....

Anos passaram e cada vez mais fico triste quando revejo o que escrevi e pelo que passei. Sim, porque muito do que está escrito não é bem assim: É mais como o ditado - "Deus escreve direito por linhas tortas".

E há tantas novidades para aqui dizer.... ou melhor explanar! Mas será que vale a pena?