segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

A 2, não é difícil (Parte 15)

A contagem decrescente para dia 26 continuava, fazendo com que os desejos dos dois irmãos se concretizassem. Foram assi a Lisboa, passar um excelente dia em três locais adorados por ambos: um aquário, um jardim zoológico e um oceanário. Tinham tanto para ver que decidiram em conjunto estar na capital até à noitinha. Aproveitar o máximo até dia 26 de Setembro era o lema deles. Arrumaram o almoço no estômago, que haviam trazido de casa, assistiram a espectáculos, actuações, das quais resultaram fotos para mais tarde recordar. Com tanta pressa de manhã, esqueceram-se dos telemóveis em casa. Após a viagem de regresso e após um longo dia de aventura e emoção chegam a casa, onde preparam um bom jantar. Depois deste caem os dois no sofá bastante cansados. Adoremeceram ali juntos e aconcehegados. A noite deixara a Lua até meio da manhã e quando acordaram ainda tiveram tempo de observá-la, até meio da manhã.
Estavam de tal modo felizes e encantados que decidiram aproveitar o dia em duas vertentes; de manhã fiacaram em casa e de tarde, já com carro, foram de novo a Lisboa, mas desta vez à zona de Carnide. Daniel disse a Adriana para deixar o carro estacionado bem longe da galeria comercial que existia nas imediações e depois seguiam de metro, porque era mais seguro. Assim o fizeram. O problema prendeu-se com a saída da estação de metro do Colégio Militar. Haviam sido os únicos a sair naquela estação, onde o metro parou, ao subirem para o nível acima, mas ainda no subterrâneo, uma quadrilha de ladrões assalta-os. Porém Daniel oferece resistência na tentativa de proteger a irmã, no entanto o ricochete da bala que um dos malfeitores lançou dirigiu-se para o corpo de Daniel. Entrou-lhe na perna direita. Rapidamente a quadrilha desapareceu deixando aqueles dois ali, Daniel cheio de sangue no chão e Adriana em estado de choque.
As duas únicas coisas que conseguiu fazer foi chamar o 112 e fazer a compressão manual directa na ferida que Daniel tinha.

domingo, 22 de fevereiro de 2009

A 2, não é difícil (Parte 14)

Daniel e Adriana estavam a um passo de entrar na faculdade. Lambram-se assim do combinado, em Julho, antes das férias: tinham a partir de dia 26 um moviemtno pendular, isto é, todas as manhãs apanhavam o barco para a capital e à tarde regressavam à cidade onde moravam. Adriana, neste caso, tinha de sair do metro na estação da Cidade Universitária, enquanto que Daniel saia no Campo Grande. Ainda restavam alguns dias antes do início da nova vida. Assim, aproveitaram-nos ao para muito, desde sair até ficar em casa, a ver filmes, coisa que Adriana ensinou a Daniel, no 10.º an. Algo se passou para o sentimento dele estar comprometido: Daniel tinha parado com o seu pêndulo pessoal, naquele campo; Adriana ter-lhe-ia dado, na noite anterior, apenas com carinho e atenção, a chave para o gosto pendular existir. Porém, antes de tudo, Daniel lembrou-se que em Julho tinha aprendido que Adriana, nos tempos que correm, não seria boa namorada para ele, só porque não queria confundir sentimentos; seria a primeira namorada dele e a primeira relação séria para ela. Lembrar-se-ia, Daniel, mais tarde, de acções e de reacções que tinham ocorrido já há muito.
Daniel estava a escrever e ao proclamar uma frase bem conhecida, aparece-lhe, por trás, Adriana, agarrada aos seus ombros em roupão, no Verão. Daniel pergunta-lhe o que se estava a passar ali. Adriana ao responder dá a entender que apesar de não namorarem, podem ter uma relação íntima, deixando Daniel, abananado; no entanto, rapidamente, ele resiste e diz a Adriana para se ir compor e que não seria certo o que Adriana queria.
Assim aocnteceu, Adriana voltou a vestir o pijama que tinha ao jantar. Daniel diz a Adriana que tudo o que ela queria não são actos que são feitos de ânimo leve. Após estas palavras, Adriana desculpa-se e diz que foi um erro pensar que Daniel alinhava num plano destes.
Após uma boa noite de sono, Daniel, enquanto comia o pequeno-almoço, relaciona os acontecimentos da véspera como imprevistos da vida, cuja sua marcação nãoé visível na agenda pessoal (vital). Adriana perguntou se o acontecimento havia deixado marcas, e Daniel responde negativamente e acrescentou que poderia ter sido um descontrolo hormonal.
Adriana, após estas palavras, abraça-o com tanta firmeza, absolutivizando assim toda a relação forte e unida que lhes pertence. Mais uma vez, através daquele abraço, Daniel, percebe que os movimento pendulares pessoais dele terão de ser corrigidos autonomamente, permitindo assim uma maior abertura para ambos.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

A 2, não é difícil (Parte 13)

Após uma boa noite de sono, para recuperar da festa da noite anterior, Daniel reuniu-se de novo com Adriana. Tinham tido muitas destas conversas, destas ‘reuniões’ desde aqueles dias posteriores a 1 de Julho que muito tinham demonstrado sobre ambos. Os temas eram dos mais variados; tinham sido debatidos temas tão diversos como a sexualidade e a política mundial. Era uma boa maneira de manter o rumo daqueles dois ‘manos’, muito amigos, afastado de outras temáticas ainda mais controversas que o aborto (outro debate que também já tinha sido discutido); afastados de outros rumos de acção; afastados de mais erros e improbabilidades estatísticas. Desta vez, discutiram um assunto mais leve, falaram do passado, Daniel e Adriana falaram do 10º Ano. Embora seja um assunto pouco pesado, era complicado, pois roçava na problemática que tentavam evitar – estava relacionado com paixões, amores e desamores, mas estava, também, relacionado com uma amizade muito forte – o que se mantinha até aos dias de hoje e que iria continuar eternamente!
Lembraram-se das discussões, dos amuos, dos ciúmes académicos, do “triângulo maravilha” e de outras coisas… umas engraçadas, outras menos engraçadas; umas que doíam a um e outras que doíam a outro. Mas, de uma perspectiva geral, foi uma boa conversa, relativamente leve. E ambos tentaram não tocar em feridas do passado. No entanto, a pergunta que pairava na cabeça de ambos era semelhante: “Serão as feridas do passado, os ferimentos graves do Presente?”

A 2, não é difícil (Parte 12)

Sim, Danieol tinha de conseguir tirar a Adriana todos os medos dela. Parece estranho, impossível, mas os irmãos tÊm sepre uma componente que os ajuda nisso. Estavam na última semana de férias em Monte Gordo, e Daniel, sem Adriana saber, num dia apenas, consegue meter-lhe tanto medo, que no dia seguinte, o medo das alturas, por exemplo, deixou de existir. As mãos soadas de medo, deixaram de ser um facto, foi uma ficcção a partir de aí. O único medo de Adriana que Daniel se recusou a tirar, que nunca demonstrou intenção de o tirar, foi o do parto. Claro que, mesmo que não sejam irmãos de sangue, sem se sentir nada amoroso, não iriam ter práticas sexuais. Era demasiado criança se isso acontecesse. 2008/2009 e 2012 foram os anos que os marcaram imenso, desde o 0 no tira-teimas "cabeçal" dele até à relação mais estável no pensamento dela....
Já sem medos e sem segredos, regressam ao Barreiro, pela A2, um a cantar e o outro a tentar impedir o companheiro de "gloriar"! Para Adriana, aquela música era reles, completamente antiquada, e despropositada, mas ele cantava-a, vezes sem conta...
Chegada à terra natal de ambos, ja mais escuros do que o habitual, têm um convite para ambos, um jantar na escola, de antigos alunos, encontrariam todos os colegas que os aocmpanharam desde o 7.º para ela e desde o 5.º para ele. Assim foi, ela com o seu vestido vermelho, sapatito de salto alto e bem maquilhada e ele com o seu fato já comprado à alguns anos, com a sua camisa também vermelha e calças de bombazine, resultado uma irmandade vermelha, cor de sangue, mas bastante verde por dentro, uma esperança de vida daquelas tão alargadas.
Após o jantar, decidiram ir ao Bairro Alto, tudo isto no primeiro dia, após o regresso de férias. Foram com mais um rapaz, José, que sempre os acompanhou até à morte dos pais deles. Pode se dizer que Adriana bebeu aí pela primeira vez champanhe para comemorar a entrada na faculdade, e quando estavam de regresso a casa, a coitada, não se aguentava em pé...

sábado, 14 de fevereiro de 2009

A 2, não é difícil (Parte 11)

A rotina habitual dos manitos é quebrada pelo início das férias. Primeiros 15 dias, Odeceixe, no seu carros escuro, Adriana conduz, segundo indicações de Daniel. Quando chegam à parai, onde Daniel tinha alugado de novo a casa que o acolhera anos se conta, aparecem os seus amigos, Carlota, André, Arthur, Rodrigo, Frederico, Ana Bárbara, Laura e António. Fazem uma festa ao verem Daniel, 3 anos sem Odeceixe teria sido, para eles, no minímo insuportável. Assim foi, depois de jantarem, os amigos reunem-se para a saída nocturna habitual, desde o miradouro de baixo baixo, até ao miradouro de cima cima, porém os horários de recolher para Daniel, sempre se mantiveram, aquela hora era sagrada. Após regressarem a casa, e apagarem a luz da entrada, reunem-se na sala, aqueles 2, sozinhos, longe de tudo, só uma observação, o hospital mais próximo ficava a 80 km, mas a alegria reinava naquela casa. Todos os comportamentos de irmandade... Apenas um quarto é ocupado agora, onde a janela, em madeira dá para a Rua Principal, em frente à antiga GNR. Aqueles dias haviam sido excelentes dias. Mas a partida para Monte Gordo, estaria marcada já há muito. Tinha de ser cumprida. Assim o foi, completamente à hora, chegou-se a Monte Gordo, a primeira vez para Daniel, naquelas águas quentes, ali é que Daniel utiliza as suas sandálias de plástico. Adriana fartou-se de rir, mas rapidamente habitou-se à ideia.
À noite, aqueles 2, decidiram ter a conversa que os esperva à muitos: esclarecimento final. Assim o foi, Adriana e Daniel puseram tudo em pratos limpos, nada de nada tinham mais a escpnder um do outro. Ela sabia de tudo dele e ele sabia de tudo dela....... Estranho, mas possível. O maior segredo dele havia sido dito, o qual derramou uma lágrima daqueles cristalinos olhos. Mas a vida não é um "mar de rosas" e temos de estar preparados para tudo. Quem diria que o menino que parecia ser assim esquesito tinha alvos diferentes dos outros, mas precoces. Deixaremos a vida correr e assim, teremos respostas, foram palavras de Daniel.
Adriana ficou de tal modo sensibilizada que foi-se deitar de imediato.
Mais uma noite havia passado em Monte Gordo onde aqueles dois, criaram rotina e hábitos naturais de adultos.
Na manhã seguinte Daniel pensa que falta uma coisita que tem de ser retirada a Adriana, e, apesar de ser difícil, tem de ser feito.

A 2, não é difícil (Parte 10)

Adriana ficou completamente preocupada, e durante a noite perguntou-se a si própria, o que se passaria com Daniel, porque este não ia ao Centro de Saúde, há bastante tempo: será dos membros, será da cabeça, o que será, interrogava-se permanentemente... Amanheceu e Daniel foi acompanhado por Adriana ao Centro de Saúde, então aí, desfizeram-se as dúvidas todas. Era apenas uma consulta de rotina, porém Daniel não queria ir sozinho. Gostava de estar com a sua irmã...
Aproveitando a presença no Centro, Daniel aconselhou Adriana, a irem a uma consulta de Planeamento Familiar, apesar de não serem namorados, ou casados, lá foram. No fundo, Daniel achou que Adriana saiu de lá mais elucidativa e mais aberta para conversas para daquele tipo, sobre a sexualidade, em geral! Ela sempre fora um pouco constrangida, quando Daniel falava do assunto. Pela confidencialidade da consulta, o que se passaria, dentro daquelas quatro paredes, brancas com risca azul, ficou guardado na mente deles, nunca divulgado nem mesmo em nenhum texto de Daniel.
Ao almoço, aqueles bifes de porco com arroz, batata frita e salada, foram acompanhado por uma conversa de cariz idêntica à daquelas quatro paredes... Sexualidade.
Adriana tocou no assunto da menstruação, das relações, dos métodos contraceptivos, tudo o que nunca tinha falado com Daniel anteriormente. Afastada a mente perversa, mas pouco trabalhosa de ambos, na idade da adolescência, o conhecimento de factos de cariz sexual, em ambos tornou-se naquele dia, desde perguntas daquelas de foro pessoal até à mais importante:
- És virgem? Perguntaram em simultâneo um ao outro, porém as respostas foram distintas: um respondeu afirmativamente e outro negativamente.
Combinaram, naquela noite, brincar com as almofadas, "cá vai guerra!",e não voltaram a falar de sexualidade, naquele dia.
Já cansados, deitam-se, aguardando um novo dia, com coisas diferentes para fazer, com factos a descobrir, com horários a cumprir.... No fundo, tudo de novo, mas tudo diferente

A 2, não é difícil (Parte 9)

A partir daquele dia, 2 de Julho, os irmãos foram e voltaram a ser amigos verdadeiros, não amigos namorados. Podiam estar com qualquer comportamento amoroso, utilizarem os dois a mesma casa-de-banho, estar despidos um em frente ao outro que já não havia qualquer problema, muitos anos já haviam passado. Daniel fala com Adriana e combinam comprar um quadro a meias, mas um quadro especial, um quadro com um desenho deles. Após vários contactos, quem os vem desenhar é Mariana, a rapariga que Daniel tinha visto no fórum meses antes.
O desenho foi feito e entregue, de imediato, era possível ver a boa disposição e a alegria de ambos naquele quadro, com a cabeça encostada no ombro do outro. Tão irmãos, como tanto amigos.
Decidem cozinhar juntos, pela primeira vez na visa conjunta, mas o "mete a mão por baixo, não era nessa velocidade, liga a televisão, deixa-me ouvir pára de cantar", foi bem saboreado e estava muito bom, aquele delicioso jantar, quente mas peculioso. Um jantar amicíssimo. A partir daquele dia, estabelecer-se-iam regras naquela casa, o trabalho era partilhado, faziam os dois o jantar, assim, tudo era mais rápido e mais eficiente; a confusão de sentimentos era apenas um sinal de união de amizade, mas não de repulsão. Os casacos deles, continuavam a ter electricidade electrostática, até mesmo quase 4 anos depois... Quem diria, só mesmo aqueles dois.
À noite, antes de se irem deitar, brincam, jogam, fazem tudo, para relembrar o 10.º ano, com aqueles jogos de murros não dados, aqueles pisamentos malandros, tudo o que era típico de crianças crescidas. Mas antes de se irem deitar, Daniel pede a Adriana para, no dia seguinte, o acompanhar ao Centro de Saúde...

A 2, não é difícil (Parte 8)

A primeira noite a descansarem juntos daria para reafirmar a relação, ou então terminar com tudo, porque várias e fundamentadas razões: serem "irmãos" e não namorados, confusão de sentimentos, não querem e a atitude de ontem, assim teria sido um impulso, somente. Adriana dormia como um pedregulho, uma das suas características, no entanto Daniel permanecia acordado, a pensar e a matutar no assunto, namorados? Como é possível??... Namorados, namorados, namorados...?!
A manhã nasce e quando Adriana se levanta e senta-se, já arranjada para sair com Daniel, ele diz-lhe que o beijo e o sim da noite anterior foi uma precipitação. Adriana já esperava uma dessas respostas, mas nem ficou triste, nem chateada, porque continuariam sempre irmãos, amigos, confidentes, companheiros de casa.
Saíram na qualidade de amigos, juntos mas separados; O insuportável Daniel voltou, com os autocarros para aqui, olha aquele vai par ali, mas não devia ir, resultado, Adriana noutro que lhe tinha feito bem. No seu sub-consiente, Adriana, dá um sorriso, não expressável ao público. De volta a casa, Daniel passa a ter um comportamento diferente, tal como o que tinha antes da morte dos pais, alegre, sorridente, mais simpático, e mais humano.
A restante parte da tarde foi passada em casa a verem um DVD que fizeram juntos na escola, há 2 anos. Riam perdidamente, quando os outros colegas imitavam comer pipocas quando eles se chateavam, até com isso estragaram uma máquina de calcular.
Daniel e Adriana não teriam sido felizes como namorados, pelo menos naquela altura, porém abaixo desse sentimentos, ficará sempre em ambos, qualquer coisa, que de um momento para o outro poderá derreter e voltar a demonstrar ao outro, o amor puro.
Agora tinham de pensar nas férias, só nas férias...

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

A 2, não é difícil (Parte 7)

Pensar que algo se haveria de passar entre aqueles dois, era demasiado estranho, porque tão iguais, mas tão diferentes. O efectivo roçar labial aconteceu, eis se não quando, a cara dela centra-se fixamente na cara de Daniel, aconteceria um possível beijo que iria, este sim, mudar e revolucionar a vida dos dois. Daniel afasta a cara de Adriana, não fazendo mais nada, simplesmente a afasta: para as pessoas mais dispertas, apenas quis dizer que hoje não, mas amanhã possivelmente. Repentinamente, sai de casa e vai dar mais um passeio ao centro comercial, onde lhe compra, basicamente, uma lembrança pelo tempo. Aí conhece Mariana, visto que tinha deixado cair o dossier que lhe tinha sido facultado, para a inscrição no Ensino Superior. Mariana, continua a percorrer o largo corredor do fórum e Daniel faz o mesmo, na direcção contrária. Era, para Daniel, impensável, ter outra rapariga com quem gostar, mostrar carinho especialmente, etc.
Apenas Adriana, apenas Adriana, apenas Adriana.
São passados seis meses e os exames nacionais são realizados, onde conseguem passar o dois com grande distinção. Aí separar-se-iam, ele para saúde e ela para arte, no entanto uma rua abaixo, uma rua acima, não faria muita diferença. Ele, em vez de apanhar o metro, na Cidade Universitária, apanhá-lo-ia no Campo Grande, depois de passar pela faculdade de bonina Adriana. Mas as férias de Verão aproximavam-se e ambos com carta, decidiram passar 1 mês de férias, 15 dias no Sudoeste Alentejano e 15 dias no Algarve. Restavam-lhes um mês para poder estar e descontrair e ter algum avanço amoroso, caso existisse.
No meio de uma noite, calorenta e bastante insuportável, decidem fezer directa, ficar a jogar na consola, a comer, enchram-se de tudo o que poderia fazer mal à saúde e outros sistemas internos. Uma noite adolescentícia. Por fim, Daniel nãoa guenta mais a espera, e solta um beijo bem calorífico e bem sedutor para Adriana. Ela ao recebê-lo, transforma-o num pedido e responde a Daniel com o mesmo, mas depois do prolongado beijo, um sim solta-se daquela boca sorridente e modesta.
Iniciou-se ali, naquele momento, 1 de Julho, um namoro que estava comprometido há imenso tempo...

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

A 2, não é difícil (Parte 6)

Daniel, após o início do jantar, fala com Adriana, e esclarece tudo: ele apenas conseguia olhar para ela como uma irmã, porém caso ela o amasse seria um caso a pensar, mas naquele dia, àquela hora era impossível. Nada tinha mudado para ambos. Já tinham aprendido a vier com o eu gosto de ti, ou com, desculpa mas eu não gosto de ti da mesma forma. Adriana ofereceu-se para lavar a loiça, e assim, Daniel foi escrever. Escreveu, escreveu,escreveu, donde se destacou:
"O amor é algo que não se cheira, apalpa ou que se peça. Sofremos com ele e temos de aprender a lidar com ele, ou então contornar todos os problemas que possam vir a existir".
Daniel tentava sempre seguir esta regra, no entanto, o que sentia por Adriana, embora não o dissesse directamente, era amor puro, aquele que consegue quebrar rotinas, aquele que rege a vida dele e tudo o que o rodeia.
Adriana já se tinha apercebido de que Daniel a amava e também, não o admitia, mas também tinha algo estranho, inexplicável e incoerente. Algo que poderia mudar por completo a vida daqueles dois. Não teve coragem, mais uma vez, de o assumir perante Daniel.
Ele fez contas às herenças que tinham direito e tinham dinheiro sufiente para remodelar a casa onde moravam. Adriana não concordava e no fundo, Daniel, também não queria, porque se um dia, ela casasse e constituisse família, ela continuasse com a casa e Daniel saísse. Óbivo que não iria ficar na casa de Adriana, a sua "irmã", com ela casada. Mas o futuro é longíquo e o presente era passado.
Adriana deitou-se antes do habitual e Daniel, nesse dia, fora dormir para o quarto dos pais de Adriana. Mais uma noite é passada, e na manhã seguinte, dia de aulas, parece que tudo regressa como há 3 anos, Daniel e a sua fruta e Adriana com o seu bolito e com o seu leite com chocolate.
Após o tempo de aulas e ambos terem regressado a casa, Daniel põe-se a ver o filme: "MCA - Último 2". Adriana junta-se a ele e quando vê lágrimas a sair daqueles olhos castanho-avelãs que tanto admira, vai buscar um lenço para secá-las, mas num instante, roçam os lábios dos dois, sem intenção aparente.

domingo, 8 de fevereiro de 2009

A 2, não é difícil (Parte 5)

Tendo como base a frase: "Está bem, mana", Ariana magica o possível e imaginário da razão pela qual Daniel apenas lhe disse aquilo e não começou a falar de toda a história que haviam tido desde aquele dia. A noite se passa e como sempre, Adriana é a última a acordar, ainda cnasada da véspera, senta-se à mesa, e e bebe o seu leite com chocolate completamente quente, em frente a Daniel, mas ela mal se senta, ele levanta-se repentinamente e sai e casa para a escola. Nem um bom dia diz à companheira de 3 anos que sempre o aturou. Era dia de greve, Daniel, encaminha apra a escola, enquanto que Adriana fica em casa, em pijama. Uma hora mais tarde, Daniel regressa e encontra a irmã, na casa de banho, triste, porque a entrar em casa, podia-se ouvir os choros. Repetinamente, podendo entrar na casa-de-banho, uma vez que não estava trancada a porta, entra, porque estava com a bexiga quase a "rebentar". Ao vê-la de cabeça baixa, com um corte na perna e uma faca ao lado, rapidamente executa uma compressão manual directa, para conseguir estancar a hemorragia. Qual seria o motivo daquilo? Hormonas, pena? Não se atreve a perguntar, e põe-se na cozinha a tratar do almoço. Põe a massa na máquina e tempo depois tem o pão feito. Chama a irmã e ela ao sentar-se, puxa a conversa do jantar da véspera. Daniel abriu toda a sua mentalidade e coração e de um momento par ao outro, diz-lhe que nunca poderá culpar por uma coisa que se sente e nao se faz, porque se quer. Adriana ja não se lembrava da última vez que Daniel ter-lhe-ia dito aquilo, e acrescentou que, um dia se sentir o que Daniel sentiu por ela, dir-lhe-á. Até lá será sempre assim, amigos não, irmãos.
Daniel agradeceu a justificação, a qual para ele sempre teria sido aquela bastante óbvia, mas não tocou mais no assunto. Adriana, ficou mais uma vez em casa, enquanto que Daniel sai de casa e vai ao shopping. Num instante, Adriana veste-se e quando vê Daniel, ao longe, pula para a suas costas, tentando ficar às suas cavalitas, o que consegue!
Daniel, sorri, fazendo umas cócegas ali e acolá, até decidirem voltarem a casa. Adriana conseguiu pôr Daniel a sorrir, como conseguirá à 4 anos.
Ao chegarem a casa, Daniel admite que ama a irmã e, esta, por sua vez, admite que também ama o irmão, mas não sabe como aquilo poderá ter acontecido de um momento para o outro e terá de pensar, o porquê daquela decisão, ou mesmo, se conseguirá namorar com o seu "irmão"! De sangue não era, era a única diferença que existe entre eles, o restanto comportamento era como se fossem verdadeiramente irmaãos. O tempo ao passar, Daniel mantém-se na cozida e Adriana, digita mensagens no computador, com as suas colegas e amigas. Elas não se pornunciam, porque três anos com uma pessoa, 24 sob 24 horas, já daria para um conhecimento mais profundo da pessoa.
Adriana decidiu arrastar a decisão por meses ou mesmo por um ano. Daniel nunca mais tocou naquele assunto, porém os comportamentos de ambos, durante essa tarde, deixou muito a desejar, nada de namoro, nada de isso, apenas e simplesmente ficarem juntos, a tarde inteira, calados, até à hora do início da cozedura do jantar.

A 2, não é difícil (Parte 4)

Adriana lembrara-se que não se havia lembrado dos bilhetes que tinha comprado na véspera do seu aniversário, porém, passou e ficou com o seu irmão, em casa, nesse dia. Mais uma vez o telefone de casa toca, era a directora de turma. Perguntou pelos 2, e Daniel respondeu que não poderam ir À escola, devido a problemas pessoais. Assim foi, após o corte da chamada telefónica, este volta a tocar, era a sorevivente da família da Adriana, uma tia. Daniel atendeu o telefone e perguntou quem era, afinal, aquele telfone só tocava quando era a escola que ligava, de resto era apenas o telemóvel. Mas soube que era a tia de Adriana, Daniel desligou o telefone na cara da senhora e tirou o fio de ligação ao telefone. Ficaram incontactáveis. Adriana senta-se à mesa com Daniel para jantarem, era um dos pratos favoritos de Daniel, lasanha. Adriana não aguenta mais ver o Daniel assim e pergunta-lhe, o que tinha feito para ele estar assim. Daniel responde que não se tinha passado, apenas naquele dia se relembrava de tudo o que passaram, desde a primeira vez que se viram; falou no "The man who can't be moved" que marcava cerca de um período, falaram no "Adivinha quanto eu gosto de ti", que os tinha marcado desse dia até hoje, sempre com uns altos e baixos, normais de quem é completamente dependente do irmão ou da irmã.
Adriana, pela vigésima vez pede desculpa por nunca o ter amado como ele a amou, mas eu não sentia o que sentias por mim. Daniel retirara-se nem uma única palavra dita. Apenas ouviu o que a irmã tinha para lhe dizer e meteu-se no quarto, com ar de triste, não de zangado, porque percebeu tal e qual, cada sílaba que saia daquela boca maravilhosa com quem estivera a falar, porém não quis comentar. Adriana insistiu para que Daniel dissesse algo e conseguiu arrancar um único par de frases:
- Está bem, mana.
- Eu compreendo. E percebo o porquê das "tampas", disse Daniel.
Adriana percebeu que ele ficara sempre cm uma réstia de amor por ela, mesmo que não o assumisse, desde Setembro de há três anos que era assim.
Assim foi, mais um dia se passou, sem qualquer preocupação adicional, apenas com a frase:
"- Está bem , mana.", que deixou Adriana completamente desorientada e com pena do pobre Daniel, mas ninguém tinha a culpa.

sábado, 7 de fevereiro de 2009

A 2, não é difícil (Parte 3)

Mais uma noite se passa e mais uma vez Daniel não dorme nada. Nesta altura, não é por causa dos pais, nem porque deixou alguma coisa por arrumar, era por uma coisa qualquer coisa quel ele sentia dentro de si, algo de errado, ele pensa que não deverá continuar a estar com Adriana, a sua "irmã" desde aquele fatídico dia. Assim o fez, vai para a sala, põe-se em frente do computadorm escreve uma lembrança para Adriana:

"Muitos dos momentos que me proporcionaste, desde aquele maléfico e terrível dia, foram graças a ti. Aquele jantar foi a "prenda" pela gratidão que tens tido comigo. Porém, o tempo passa, e eu, ainda menor, e depois de tudo o que passamos, vou para um lar de solidariedade. Poderás querer ficar com mais espaço para ti, ou então começar a ter algo mais sério com alguém e não estares à vontade, comigo presente.
Obrigado manita, Daniel Augusto."


Assim foi, Daniel, ainda escuro, abandonara a casa que o acolheu durante 3 anos, em direcção ao lar que se encontra duas ruas em frente. Adriana ao acordar, estranha não ter uma recepção tão vistosa do seu irmãozito, era o seu dia de anos. Quando vê a mensgem deixada por Daniel, veste-se a correr e vai ao lar onde tinha entrado Daniel à cerca de uma hora.


- Daniel, não te lembras?
- Não Adriana, vai-te embora, constrói uma vida, sem me teres a teu cargo!, diz Daniel
- Eu hoje faço 18 anos, posso-te ter lá em casa, fica legal Daniel.


Daniel pensou e relembrou-se que aquele dia, era o aniversário de Adriana, porém, aquela ideia de alguém a querer ter uma relação mais séria com Adriana atormenta-o. No entanto, aceita as desculpas, sem motivo, de Adriana e volta para casa.

A 2, não é difícil (Parte 2)

A hora do Jantar aproxima-se e os dois irmãos, despertam. A campainha soa. Era a surpresa mais aguardada por ela. Não sonhava que o mano mais novoa tivesse conseguido. Era uma celebridade com celeridade máxima, aquela cantora de que ela tanto gostava, a jantar, com eles, ali na sala de jantar. A tal cantora pergunta-lhes pelos donos da casa, e os jovens ficam completamente tristes, soltando pela parte dele, um rio de lágrimas e dela, dois ou mais, não só pela falta que faziam, mas também por estar feliz de estar à mesa com aquela pessoa. O jantar avança e Daniel, pede licensa e ausenta-se da mesa. Ficaram apenas Natacha e Adriana à mesa. Sozinhas, com tanto que Adriana queria saber sobre Natacha, começa-lhe por fazer uma pergunta e outra e outra e outra.
De repente o telefone toca, era da escola. Lembrar-se-iam que naquele dia, exactamente, à 3 anos, morreram os progenitores e um irmão daqueles dois jovens. Toda a restante família teria sido esquecida, porque no tempo que precisavam deles, a ajuda não chegou. Raramente recebiam uma carta de uma tia, de um primo, entre outros.
Na sala, se centrava a grande emoção, um dos sonhos de Adriana tinha sido concretizado, nquele dia tão horrível. Daniel, deita-se, ele nunca foi o mesmo, após a morte da mãe, tornou-se muito mais independte e agora reflecte muito mais foque relfectia, à anos. Sem querer descobre, debaixo da cama de Adriana, uma caixa cheia de água. Ele pensa, logo e automaticamente, que são todas as memórias que ela tinha da mãe. Deixando isso prepara tudo pa o dia seguinte, abre a cama da irmã, e fica ali a descansar, deixando os livros de Química, no chão.
O jantar acaba e Adriana vai ter com Daniel, agadece-lhe profundamente o que fez e o que tem feito por ela. Daniel diz que só o faz, porque Adriana, precisava de alguém com quem falar, para não se lembrar do que não devia. Um dos sonhos que Adriana tinha foi concretizado...

A 2, não é difícil (Parte 1)

Iam os 6 no carro, de regresso de uma longa viagem a Sevilha, quando se dá o desastre. Um acidente maéfico fere definitivamente 4 das 6 pessoas do carro. Sobraram 2, os mais jovens, aqueles que simplesmente iam a mandar SMS. Ficaram os 2 sós, perto já de casa, tristes, com tudo o que se tinha passado. Passaram-se assim, 3 anos, os mais jovens cresceram e cuidavam um do outro. Certo dia, o mais novito vê a sua "irmã" a descansar e solta uma lágrima de tristeza, lembra-se dos familiares tganto dele como dela.
Busca uma manta, tapa-a, deixando uma lágrima na manta, a qual disfarçou de imediato. Ela ficara assim, a noite inteira. Ele, na cozinha, a tratar do seu jantar, do almoço do dia seguinte e a arrumar os pretences para a viagem curta que realizavam até à escola. E assim foi, nessa noite, ele, o mais novo, ficou ao pé da sua "irmã", escrevia, voltava a escrever e escrevia.
Amanheceu e ao aconecer o relógio de pulso dele acorda-o, bastante cedo. Aquece o leite, descasca a fruta e come, vai para a escola, deixando, toda a roupa para a mana pronta, o leite e o chocolate na caneca e o pão que tinha ido buscar, em cima da mesa.
A irmã ao acodar, chama-o, mas ele não responde. Apenas deixou um escrito, em cima da mesa, "vemo-nos na escola, come bem e tranca bem a porta". Ela assim o fez, mas ele não estava na escola. Tinha passado por lá, pedido a uma funcionária para lhe entregar uma carta e tinha voltado a casa, para arrumar as coisas, pôr a máquina a lavar, entre outras coisas. Almoçou, e deixou um prato de arroz, batata frita e um bom bife de porco para ela comer, com um bolo de laranja que tinha feito. Inteirinho para ela. Volta para as aulas, já atrasado para a aula de Biologia, mas não apanha falta.
Às 16, quando sai da escola, prepara um jantar especial para ele, ela e uma convidada completamente revolucionária. Ela, quando chega a casa, fica deslumbrada com a mesa e todos os prepartivos apresentados para o tal jantar. Ele estava a estudar, ou melhor, deixou-se dormir, em cima da secretária, havia feito directa na noite passada. Ela fica de tal modo grata, que junto dele fica, aconchega-o e compra um bilhete de cinema pela internet para o dia seguinte.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Dizer o que não se consegue dizer....

Como se poderá dizer que nós, os seres humanos, conseguimos estar assim, numa situação de nada, mas de tudo. O mesmo se passa connosco, as pessoas da nossa idade.
Facultar o nosso sentimento a outra pessoa custa imenso quando achamos que iremos ter um sentimento do mesmo tipo de volta. Caso aocnteça, tudo bem. Caso isso não aconteça, tem-se o caldo entronado. Ou vamos ao fundo e passamos o dia a lamentarmo-nos com o que deveríamos ter feito, mas não fizemos, ou então o porquê daquela resposta, sem qualquer nexo lógico, ou então com o 100% de nexo lógico.
No fundo o que nós queríamos foi-nos negado, e aí tornamo-nos desde agressivos até drogados, álcoolicos. Tudo por causa de uma pessoa. Quando nos lembramos de uma canção comum, e ela nos faz chorar, ficamos num fundo mais baixo, muito mais baixo do que no fundo do poço!!!!
Então, aí toma-se uma destas 4 decisões: mantém-se esta mágoa completamente parva e impossível de aguentar; acaba-se com tudo, amizade, tudo possível e imaginário; ficamos como amigos ou então a última e mais importante que condicionará a vida toda e apenas um grupo restrito de pessoas poderá mudar: a solidão amorosa permanente.
...... Decisão final difícil, mas tomada.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Consciencialização do Ser Humano

Tudo o que se faz a nosso redor, nos afecta desde um simples "bom dia" até uma grave e grande conversa, se esta for necessária. Todos os actos consciente e mesmo inconsientes que tomamos têm uma grande influência no nosso projecto de vida, pois tornam-no diferente, com alterações, as quais, pensando que não, fomos nós que as criamos e que as pusemos em prática. Achamos que só nós sofremos com o que podemos fazer, ou com qualquer início/desenvolvimento de uma atitude que nos pode levar desde a solidão até ao completo desespero, passando pelos vários patamares de estabilidade. O ser humano é assim, estando correcto, ou incorrecto. Assim assim, é que nunca poderá estar. Estar acompanhado, por colegas, amigos e família, rende tudo nesta vida que temos, a qual nunca, mas nunca poderá ser alterada após o que fizemos. O que fizemos, está feito.
O futuro cabe-nos a nós pensar, como vai ser, mas nunca pô-lo em prática, porque numa praia, de um momento para o outro poderá vir um tsunami e matar-nos ou deixar-nos completamente sozinhos, desolados, assim, o futuro é incerto.
Mas é bom termos ambições e claro, na nossa fase de vida, uma grande compaixão com certas e bem determinadas pessoas, sendo elas de qualquer nível social e de qualquer etnia, não de raças diferentes, porque somos todos humanos. Os companheiros de alguns, os animaizinhos, que achavam tanta piada, quando eram crianças, arrumam-nos a um canto, deixando-os a morrer ali, sozinhos e completamente dependente de uma adulto formado.
Nós, os adolescentes em geral, e infelizmente, querem é droga, álcool, sexo, sexo e sexo. Não amor.
Tudo faz-nos dizer que há excepções, é claro, raras, mas possivelmente possíveis. Em que, nesses casos, nós tentamos fazer um jogo com a nossa vida. Pensamos nos amigos, na escola, nas nossas obrigações, nos nossos animaiszinhos, que se estivessem noutras mãos, poderiam estar a um canto.
O amadurecimento precoce, normal ou tardio, acaba sempre por ocorre, se não for aos 10, é aos 13, 14, 15, 16, 17, 18 ou mesmo aos 30 ou aos 40. É de lamentar que a maioria das pessoas já formadas, nos dêem o caminho errado, em vez do certo, pelo passar dos anos e pela pouca abertura pela mudança repentina dos tempos. Nunca mas nunca poderemos dizer que, nós, como possíveis pais da próxima geração que aí chega, seremos capazes de estar ao nível dos nossos rebentos, porque as mudanças ocorrem mais rápido do que o nosso avanço cerebral para as poder contemplar. Os novos prazeres, as novas formas de vida, os(as) novos(as) tudo...
Deixa-nos sempre a pensar em que poderíamos ser melhor, em que poderíamos ser pior.
O mundo gira, nós giramos com ele, e nunca mas nunca aquele maldito oceano, nos poderá levar com ele, caso estivessemos em terra bem firme, ou bem agarrados com força a uma litologia presente no extenso e possível areal que vimos ao longe. Cabe a todos, incluindo à própria pessoa ser capaz de nadar mais um pouco e chegar à costa. Porém, esse caminho por vezes ainda é mais difícil, quando a rocha a quem nos estamos agarrados com força cede ou mesmo é agarrada por outra pessoa com maior força do que nós. Aí, somos atirados para o meio do oceanos, desfalecidos, mortos e com pena, na nossa mente parada de não ter conseguido atravessar aquele estreito que faltava. E se, e se, e se, perguntarão. Cada pessoa tem uma mentalidade diferente e por isso, obviamente, pensará de modo diferente.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Rectamente infeliz....

A perda de Carlos afectou-os bastante. Era para José um amigo recente, mas com o qual podia contar para tudo, desde 1 até Z, com que ele partilhava a negatividade, a qual era automaticamente transformada em positividade. Para Leonor, Carlos era aquela pessoa sem igual, fantástica, negativamente positiva, mas com importância, que fez com que eles se tornassem completamente dependentes um do outro. Carlos não sentia nada naquele momento, mas Leonor estava em baixo, sentia-se culpada do nada que fez. Estava com José numa praia, quando vê, ao longe, um navio em madeira, com uma rudimentar vela... Pensa alto, será Carlos???
Rapidamente apercebe-se que não era Carlos, mas ao acontecer a aproximação à costa, aparece um rapaz surroso, borbulhento, completamente magricelas e com barba por fazer. Um autêntico primata, afinal passaram 3 meses após a "morte" de Carlos. Leonor reconheceu-o logo quando o "primata" saiu do "barco", aquele caule do lado direito do dedo do meio da mão esquerda, diz tudo, era mesmo Carlos. Leonor chora com lágrimas que correm até ao mar, José pula lateralmente com uma energia que provoca um microssismo. No fim o triângulo voltou-se a juntar, e na primeira noite, Carlos desvenda o mistério da sua "morte".....
"Quando saltei do barco, fui apanhado por uma baleia, a qual trouxe-me até uma ilha desconhecida por mim, aí construi este barco e sozinho com alimentos que havia trazido da bem dita ilha cheguei aqui, magro como tudo, mas feliz. Aprendi como fazer tudo sozinho, a não ter amigos, a não fazer nada acompanhado. Apenas eu, eu e eu! Conseguirei com vocês claro, tornar-me num Carlos igual ou melhor do que era!".
..... No final Carlos sempre regressou!

De um triângulo a uma recta...

Num dia solarento mas invernil, a chuva e a tempestade aproximam-se. Aqueles três, Carlos, José e Leonor estavam sentados, num barco, escuro, mas luminoso. No tal barco estavam presentes, outros remadores, importantes é claro. Carlos, o prosão, apresenta ideias e factos para serem praticados ou a pensar; José, o poeprosão, apresenta uma excelente capacidade filosófica e crítica e claro, uma boa capacidade de redacção; chegamos agora à pessoa mais difícil de descrever: Leonor: uma mistura, mas com uma excelente espiritualidade e tranquilidade.
Neste mesmo barco apresentavam-se espíritos, conjuntos reactivos e salas diferentes; Após o espectáculo Carlos dirige-se para os seus aposentos quimico-linguísticos, onde a cama apresenta uma mistura de balão volumétrico com um livro e uma caneta. Ao lado, os aposentos de José Miguel, quarto este recheado de filosofias e livros, canetas e lápis. Ao quarto da Leonor, se chega, cor-de-rosa, tecto bordô e com paredes recheadas de raízes quadradas, cúbicas e quartas.
Barco atracado num porto, faz com que se experimente novas tendências, desde manhã até À noite, ouve um ABBA'r de trás para a frente, de cima para baixo. Carlos deixou-se permanecer, no quarto, a pensar, a trabalhar, a musicar, enquanto que os restantes elementos passeavam na brilhanre cidade praiana.
Atordoado com tudo o que se passava, Carlos apresenta um sorriso, ao beber, pela primeira vez, pela caneca feliz.
Um apito tão forte é lançado para o ar, que marca a partida do navio, porém Leonor e José ainda não regressaram. Carlos, rapidamente tenta estabelecer ligação telefónica com eles, mas sem êxito; Assim, o barco parte mais vazio, mais escuro e sem duas pessoas excelentes, fantásticas e adoráveis.
Carlos não podia fazer nada, não se ia atirar o mar, porque este, se o fizesse seria, automaticamente, pelo fundo fossal oceânico. A viagem continua assim, tanto para Carlos como para o dueto. No meio das coisas de José e Leonor, Carlos solta uma lágrima profunda, mas pensando que foi bom aqueles dois perderem o navio, ficaram assim, sozinhos e unidos numa cidade desconhecida. O ponto C não aguentava mais, então ao soltar mais umas lágrimas, decide atirar-se ao mar, do ponto mais alto do navio, a piscina; sem salavação possível, deixou assim a Leonor, a José e a Patrícia, muito do que tinha, jogos, televisões, textos. Dias depois, chega novamente, à tal cidade o navio, onde já cansados de tanto andar, José e Leonor, embarcam com sentimento de felicidade. Leonor tenta rapidamente procurar Carlos, mas em vão, a morte tinha-o chamado. Sangue escuro fora lançado de todas as partes do corpo, notava-se perfeitamente isso. A faca estava em cima da cama, juntamente com uma mensagem: Leonor triste, sem saber o porquê e o que fazer lê a mensagem: "Mutuamente, aconteceu, acontece e acontecerá!" Carlos, fica assim nos corações de ambos, tristes, destornados, mas sem culpa alguma.