domingo, 27 de dezembro de 2009

Duas mil e nove anotações...

Dois mil e nove, um ano que segundo, a numerologia, representaria o altruísmo, a fraternidade e a espiritualidade, devido à existência do algarismo 9. Mas será que foi bem assim o ano a nível mundial? Existiu altruísto, espiritualidade e fraternidade de forma a que o fos e o Mundo melhorasse? Na minha opinião não; A crime mundial não deixou que a maioria das pessoas pudesse melhorar a sua vida. Aumentaram sim o número de desempregados, o número de verdadeiros "pobres" e aumentou também o distanciamento entre mais e menos abastados. No fundo, a desigualdade reinou num ano em que tudo se previria ser ao contrário.

Pois bem, além de estatísticas incorrectas e de incompreensibilidades numéricas e lesgislativas, foi um ano positivo. Foram 12 meses de aprendizagem e de (in)conforto emocional. Deu para aperfeicoçar a racionalidade e para entender que nem tudo é simples. Também disse este ano que por vezes estar calado e esconder uma realidade é mais seguro para nós, ou então somos como que "calados" por outros.

Num resumos, nos doze meses do ano, aprenderam-se coisas diferentes.

Em Janeiro, vimos o outro lado da amizade e compreendemos a importância da nossa pessoa para determinado ser humano;

Em Fevereiro, percebemos que, no fundo, temos de ter cuidado com o que falamos. E que tudo conta para que relações mudem;

Por Março, contámos a tristeza e a solidão. O sofrimento e a dor de perda, por nossa culpa.

Passados 30 dias de Abril, reencontramos a "luz", pensámos de novo no bem, demarcámo-nos do irreal e caímos em NÓS!

Maio não causou agitação interior. Apenas Junho, quando nos apercebemos que tudo estaria a terminar, e que, teríamos de ver a realidade de forma real e não como nós queríamos.

Em Julho e Agosto recordámos as Férias, guardámos o rancor da diferença, e lembramo-nos que nada melhor que uma abertura bem dimensionada, para a fluência das palavras;

Quando regressamos em Setembro, vimos a alegria e o sorriso de novo e lembramo-nos que a rotina é o melhor para que  possamos progredir na nossa vida escolar. Nos próximos 61 dias caímos no fundo do poço, quando demos conta que o que nós damos não é retribuído e aprendemos que a vida não é tudo como pensamos. Por vezes é melhor.

Finalizamos com Dezembro, o décimo mês no tempo de Júlio César, que nos atraiçou. Que fez de nós duvidosos, que nos fez pensar em fim e em re-princípio várias vezes.

Será que é normal tanta dúvida e tão pouca certeza?

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Como descrever estes dias???

Nem sei. Têm sido altos e baixos sucessivos que se passaram sem eu saber explicar tais alterações humorísticas e de sentimento. No fim, sempre recebi o tal presente que tanto anciava! Deixei-o quase para o fim, depois de abrir a máquina fotográfica nova, do novo volume do livro da colecção ferroviária que adoro, dos chocolates, do dinheiro. Num envelope verde, vinha uma caixa cartão, rectangular, com um Pai Natal com guizos, no seu interior. Quando olhei apra ele, os meus olhos, já ensonados, reabriram-se, animaram-se, por ver, presente tão belo. Por momento, fez-me pensar na minha infância, nos bons momentos dela! Além do Pai Natal, recebi também um postal de Boas Festas. Um postal normal, mas, tal como tudo proviente de quem é verdadeiro para comigo tem um sentido diferente, e por isso, merece estar num sítio especial guardado, conjuntamente, com textos recebidos e sentimentos sentidos.

Não foi nesse dia que a descrição foi difícil! Mas sim, no próprio dia de Natal. Especialmente depois de ter visto o "Hospital Central" e a "Anatomia de Grey", porque no fundo, todas as frases que encerram tais episódios fazem lembrar-me dela. Penso, por várias vezes, como reagiria, se fosse ela que estivesse doente? Como é que eu estaria? Preocupado? Não sei, acho que sim. Espero!

Parece obecessão e amor, mas não é. A amizade também tem destas coisas... A preocupação e os pensamentos! À tarde, depois do almoço, a ver o "Harry Potter e a Ordem de Fenix" recordei-me da expressão "jardim de flores e não de folhas" tão pensada por mim antres de ir de férias, por causa da atitude dela perante mim; além do mais acho que estou mais uma vez em falta para com ela. Não sei, sinceramente, que lhe fazer apra colmatar tal "dívida". No fundo, aquele presente disse-me muito. Acho que ela não esperava isso, mas puf... aconteceu!

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

What??

Nem sei que dizer. Nem na véspera de Natal, as coisas acalmam! A família está em alvoroço, porque não querem pernoitar no local ha itual e, mais um vez sinto-me dividido. Além disso, continuo a sentir-me mal com a minha melhor amiga. Não sei como explicar-lhe, mas não a consigo enfrentar na cara. Não consigo! Não consigo! Ela é super diferente de mim, bem melhor, super supérflua. Nunca lhe pus este problema à frente, mas, estou cansado de pensar nisto, que achei que o blog é o melhor espaço para desabafar.

Ontem, quando um colega, melhor, um amigo me disse que tinha recebido a prenda de Natal da minha melhor amiga, pensei, que ela tinha-se esquecido de mim, ou então, que não me iria dar nada. No fundo, dei um sorriso, e engoli essa falta. A par de todas as situações quese sucedem pela vida fora, acho que esta, a que passo agora, neste 11.º ano, é uma das mais difíceis de superar: Nem sei como definir o que nem como resolver. O que sei é que a minha homeostasia não está bem.

Voltando ao presente da m.a, só hoje de manhã é que soube que, devido à diminuta dimensão da minha caixa de correiro, o presente de Natal foi entregue na Estação dos CTT da localidade e eu podia ir levantá-lo. Parece que, uma situação se resolveu. Não sei porquê, mas estimo aquela pessoa, aquela rapariga, aquela amiga mais que todas as outras; Porquê? Não sei! Ela faz-me bem! ELA FAZ-ME BEM!

Tenho medo de lhe dizer porque não quero que nada mude. E mesmo assim, já tenho saudades dela. Não quero ter constrangimentos com ELA! Quem me dera poder sair livremente com ela, e poder ter uma cumplicidade maior para com ela. Mas por outro lado...

Por outro lado... Por outro lado, e posso estar a ser bastante egocêntrico, espero que não seja nada de mal, o que lhe disseram antes da actuação da tuna, e se for a meu respeito, espero que ela me conte. Estou mais uma vez confuso!

Que fazer com tudo isto?....

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Que sentir?

Que sentir quando em todos os meses do ano nos sentimos desenquadrados da sociedade, afastados do que é o século XXI, desenquadrados da cidade em que vivemos? Algo de bom ou algo de mau?

Pior ficamos quando achamos que não servimos para anda, que somos ignorados por todos, que estamos a ser trocados, que simplesmente, puff... Desaparecemos do mapa sentimental de alguém!

No Inverno vemos comentários de Hi5 às tantas da manhã, vemos diferenças susbtanciais na escola, deitam-nos a baixo, que mais podemos dizer? Que devemos ser fortes e ultrapassar algo que é espelhado em 360º? Porque tudo é igual, nada é diferente em 98% da sociedade. Sobram 2%, onde ainda existem duas divisões, cada uma a valer um valor percentual: a falsidade/temporalidade e a verdade/intemporalidade? Daí e depois de termos passado 9 meses, não de gravidez, mas de aulas, depois termos aturado chamadas de atenção por razões inexplicáveis, tentado ajudar quem merecia e quem não merecia, ter feito, ou pelo menos tentado fazer companhia a alguém, aparece-nos as férias. Onde em vez de nos sentirmos melhor, porque estamos afastados do perigo eminente, sentimo-nos pior, porque tudo o que é-nos dito no Inverno é-nos dito no Verão e além do mais a sociedade está cansada, veste o mais simples, e deixa, algumas pessoas desasadas, pensando que estõa longíquas e de certa forma achapadadas por si próprias!

98% da sociedade está descrito. Falta 2% de descrição. Aqueles piores, onde não existem espelhos, onde cada caso é um caso, onde simplesmente é tudo resolvido ao "pim pim trás trás pum pum". É difícil criar uma definição e um desabafo para estes 2%. De forma tentada, somos deixados, de certa forma, sem justificação, a abananar, a chorar a um canto, porque, nos sentimos culpados de fartar pessoas. Por vezes, nem é isso, mas nós não o sabemos e as pessoas, também não justificam o acontecimento, a razão, o motivo! Para nós, isso não é importante, mas, de certa forma, deixa-nos de coração nas mãos, deixa-nos preocupados, sem saber que atitude tomar em nenhuma situação.

Falta 1%. Se calhar o mais difícil de ser. O Verdadeiro, o justo e o salvador. Quando, se parecem e, realmente soão, os salvadores, os altruistas. Os verdadeiros seguidores do que acham justo! E que nos ajudam.

Por 1% vale a pena viver? Não podemos encarar 1% como o desejo para a morte. Não podemos justificar o desejo de morte por 99% da sociedade, porque estamos apoiados no 1% que resta. Então, que podemos questionar? A existência de companhia? Amigos? Curtes? Salvadores? Etc? Será que existe Etc.?

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Um olhar ao contrário.....

A vida, que mais, podemos descrever, na generalidade. Acho que nada, porque a vida engloba tudo. Porque tudo é vida, porque, sem nós querermos, tudo o que não é ser vivo, ou está dentro de nós e como tal, é uma vida que não é vida ou então, as rochas, os solos, que aos lhe tocarmos, ao nos sentarmos nele, ao lhe mexermos, transportamos uma não vida, que nos deixa, por vezes descontentes, mas se virmos o que se considera sem vida, tem vida!

A vida, a vida própria, a vida conjugal, a vida profissional, que mais vidas um ser humano têm? Infinitas se calhar. Quando deixamos de estar no trabalho e vamos para casa, deixamos de ser alunos e passamos a ser filhos ou irmãos. Mas, porquê? Porque não existir uma transversalidade de 'máscaras' e somos alunos também em casa. One Life??? Será que a expressão 'One Life' está correcta perante o século XXI? Acho, sinceramente, que não, porque, se temos máscaras e várias maneiras de ser, obrigatoriamente, temos 'várias' vidas dentro da vida humana.

Debruçando-nos agora na vida profissional, como é que possível descrevê-la? A estação de partida para a vida pessoal? Muitas das vezes é na profissão que conhecemos a pessoa que nos acompanha, anos após anos, lustros após lustros, décadas após décadas. Mas por outro lado, é nesta vida que sofremos bastante. É o choque para muitos, quando, alguém se levanta e diz que tal facto não está bem, e vai tentar mudá-lo, ou então, quando, a vida profissional dessa pessoa é diferente da vida profissional normal e a pessoa acaba com um massacre atrás das costas.

A vida pessoal, agora. Que podemos dizer sobre ela??? É nela que estabelecemos comparações, é nela sobre a qual choramos, rasgamos memórias, acumulamos lixo, e surpreendentemente pensamos nas outras vidas.  Pensamos que tudo é diferente entre várias pessoas e por muitas vezes ligamos o profissional ao pessoal, bem por um lado, mal por outro, no entanto, deixa-nos sempre desolados, quando fracturamos algo profissional e está implicado tal pessoa/acção na vida pessoal. É cruel, mas é a realidade.

Que mais dizer? Que ninguém é igual e todos têm direito a viver?

Que a diferença deve ser aceite por todos? É pena que assim seja, mas o mundo, e a sociedade portuguesa não estão preparados para a mudança, a visão de futuro, e a nova mentalidade. A pessoa x, por ser diferente da y, tem de ter os mesmos direitos! É escusado dizer que falar sem provas, não é justo, não é válido, mas não é crime, para pequenas coisas. Nem esta nova geração vai mudar. A '3.ª geração de malcriados' vai ser pior e mais cruel que a nossa ou que a anterior. E o passar dos anos? Em vez de 'sizar' as pessoas, tira-lhe juízo!

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Sinto-me....

Sinto-me leve como um pássaro, tristonho, débil, a recuperar de algo grave, que nem eu sei bem o quê.
Sinto-me a voar como uma ave, tão alto como a ver montanhas, tão baixo, rente ao mar belo, delicioso e azul.
Sinto-me branco como a paz do meu interior, pedindo calma, tranquilidade e amizade aos que nos rodeiam.
Sinto-me negro como o ódio, algo inexplicável, um sentimento de culpa, por algo que me atordoou.
Sinto-me uma árvore, de tão pesada que é, de tão alto que é que chega ao limite da troposfera.
Sinto-me amigo, de que me merece e de quem não merece, deixando pás de alegria sempre que possível.
Sinto-me verde, tomado por clorofilas, de modo a crescer acompanhado pelo Sol, não sendo um girassol.
Sinto-me esquisito, sinto-me, sinto-me, sinto-me, sintooooooo-me....

sábado, 5 de setembro de 2009

Mudança de Sociedade e de Pensamento

Este mundo, este pensamento retrógrado, esta sociedade! Dirá tudo, na vida de cerca de 10 milhões de pessoas? Só porque um pensa assim, o outro também pensa assim!
Dizem o mundo em mudança, dizem pensamento moderno, dizem sociedade aberta a novos factos, no entanto, é simplesmente ma tolice e parvoíce de quem diz isto.
É verdade que cada um tem uma opinião, mas nem todos a devem ter igual. Cada um sabe de si, devia ser o provérbio mais utilizado, mas não; Utiliza-se mais: É assim, é assim, é assim!
Sentir-nos-íamos melhores com nós próprios, se nos libertássemos de muito tradicionalismo que nos impõem, da "mão que nos puxa" para o retrógrado, de tudo o que não nos deixa evoluir.
Se a ciência se desprendeu dessa tal mão e é comandada pelos homens, não seria então mais fácil nós nos termos desprendido também?!
Ninguém, mas ninguém mesmo é moderno, apesar da maioria das pessoas o achar. O termo correcto é mais liberal e não mais moderno.
Temos de andar com este "saco" tão cheio que nos faz cair na modernização?????
Pensem que todos são diferentes e mesmo que seja difícil existe sempre, mas mesmo sempre uma parte da pessoa que se consegue entender. Caso não consigam, criticar negativamente não serve de nada, pode ser um descargo de consciência, mas esse pVerificação ortográficaeso volta e o mal foi feito. Falar com a pessoa é o correcto, o certo, o indicado.
Pensem nisto, porque vão ser o futuro

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Ela, ela ou ela?

A escuridão ilumina os nossos rostos. O meu e o teu, sim! Estar em frente a uma máquina sem outra luz faz pensar em tudo, em tudo mesmo, mas esse tudo acaba sempre num fim, tu! Mentir não ajuda, fazendo isto, escondendo aquilo, sonhar e não divulgar o que se sonhou com medo da reacção dos outros.

Eis que surge uma luz, uma voz, que nos guia, mas essa mesma se divide em duas: uma no lado esquerdo, outra no lado direito. A do lado esquerdo diz: “tas parvo, ela ali e tu aqui, é só caminhar!” Por outro lado a direita exprime-se dizendo: “fica aqui, tu não a mereces, ela nunca olhará para ti. Deixa-te estar assim, sozinho, hás-de encontrar a pessoa certa, no tempo certo, mesmo que seja aos 90 anos, não há pressa!”.

A tal luz, fortaleceu-se, não era aquela ao fundo do túnel, era uma luz constante, sempre com as duas opiniões a contrabalançar. Um dia ele está assim, outro está assado, não lhe diz nada, prefere sofrer e sentir aquele peso sozinho. Tenta ao máximo exprimir-se pouco ou mesmo nada para ela não dar conta.

Reluzem, naquele dia tão escuro e tão cinzento ao longe, os olhos castanhos avelãs dele, porém aquela tristeza, fez com que estes ficassem completamente escurecidos, quase a chorar.
Atribuir culpas a alguma pessoa é impossível, acreditando ou não, ele, mesmo com aquela luz forte e confusa, só sabe que ciúmes estão a tentar crescer, e ele está a tentar travá-los. Por vezes os ciúmes são mais fortes.

Passar tempo pode não ajudar, especialmente quando ele tenta fazer os dois lados do assunto, não devia, mas fá-lo, de modo a que ajude, mesmo sabendo que a mentira ocorre sempre, e que pode e vai de certeza arranjar problemas.

Contudo, isso, neste momento não lhe interessa, interessa sim, para ele tentar perceber se aquela rapariga é para ele a ideal, mesmo podendo trair algo com alguém, sendo a relação com este alguém sério ou não.

O lado diz: Escolhe Laura, porém o outro diz escolhe a outra Laura.

Mas será que estas Lauras merecem ou será outra pessoa, aquela relação séria existente.

Só ele, ou melhor o instinto dele, pode escolher, sendo certa ou errada a escolha. Acarretará essa decisão até pôr um travão na relação séria.

AfLi

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Dedicatus.....

Chega um viajante a uma cidade bastante conhecida por ele, mas apercebe-se que algo está diferente. Algures ali no centro está uma luz bastante forte, que ilumina todo o concelho. Estranheza para todos na não para ele. Já está habituado. Como seria tentar introduzir algo naquela luz brilhante e impenetrável até agora. O viajante pensou e chegou a uma conclusão: adjectivar, valorizar e escrever.
Assim o fez, começou por dizer que é doce, especial, fantástica. Terminando este primeiro passo, decidiu fazer uma articulação com a parte física, assemelhando-a a uma litologia entre a madrepérola e o diamante. Terminada mais uma parte, partiu para a última a psicológica: é boa, amigo do seu amigo, auxiliadora e tudo de bom que muitos não diriam. O resultado foi: melhoria da vida!
Sempre, sempre assim *@

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Um campo especial...

Certo dia, num rico campo real, encontra-se um sol e uma pequena árvore, murcha pela sombria vida que havia tido anteriormente. A árvore quando vê, o primeiro raio de Sol, cresce, ficando tão verdinha como as outras plantas e ervinhas que estavam no campo. Cada dia que passava, a plantinha crescia, e começou a ficar com tronco castanho. De crescer tanto, agarra o Sol, pela última réstia naquele dia. Puxou-a tanto, que ela ficou ali agarrada à última e frágil folha da árvore pela noite dentro. Assim, passou a ser regularmente. Cada noite que passava a planta estava cada vez mais viva até que certo dia, o Sol deixa não só uma réstia de Sol, mas sim quatro réstias de fora. Iluminou menos a outra parte do campo. Para ele, a plantinha tinha de crescer saudável.


O mal é que o recurso permanente ao Sol tinha um tempo limite. Após a primeira semi-noite com quatro réstias de fora, haviam-se passado cerca de três meses. O Sol estava cansado, derreado pela força que a planta fazia para ser ela a única a ficar com ele, mas não podia ser. O tempo tinha-se esgotado. O Sol desapareceu por um certo período de tempo. A plantinha de tão grande que estava não conseguia realizar nada para que se mantivesse viva. Murchou de tal forma que, quando voltou a ver os raios de sol, de novo, pensou que devia ser uma alucinação. O Sol nunca tinha voltado, depois de se ter zangado com uma planta. Mas ali não era nenhuma alucinação. Era realmente, o Sol, aquela força excelente e extraordinária que a deixava vivo. Numa determinada noite, a plantinha que tinha atingido a altura máxima, conversa nos braços do Sol. Uma longa e engraçada conversa. O Sol deixou de ser quente naquela zona para que a plantinha pudesse estar debruçada ao pé dele.

- Amigo Sol, porque é que tens um sorriso tão grande?

- Querida árvore eu não sei. Já a minha mãe é assim.

- Sabes, Sol, eu senti tanto a tua falta naquele tempo que não me iluminaste. Mudei de cor, fiquei completamente sem luz, ia-me sobrecarregando de CO2.

- Pois é. Mas se não te metesses onde não eras chamado isto não acontecia. Mas passou, agora estou cá para te ver crescer mais uma vez.

- Podemos recordar as nossas coisas, mais uma vez, Sol?

- Claro.

- Lembras-te daquele dia em que ficaste pela primeira vez com um raio a iluminar-me até tarde e quando tu deixaste mais três a iluminar-me. Fiquei tão feliz. E quando fomos os dois ver uma coisa num sítio escuro, que tu iluminaste aquele lugar tão grande. Mas também, não foram só coisas boas. Também nos chateamos várias coisas, pelas más coisas que eu fiz na Escola da Terra, se te lembras.

- Lembro-me sim cara amiga.

- Gostava tanto daqueles dias em que tu me reconfortavas com palavras bonitas de manhã à noite e das nossas brincadeiras, que eu acabava por me queimar. E naquela altura que eu modifiquei o solo com tantas palavras novas. Só conseguia fazer isso com luz. Se não fosses tu quem seria? A lua, aquela coisa, tão longe e tão pouco luminosa.

- Não desprezes os outros! Não te lembras do que eu te ensinei?

- Não, não me esqueci. Mas espero que também não te tenhas esquecido do que aprendeste comigo, Sol.

- Claro que não árvore. Quando se aprende, não se desaprende.

- Tenho de ir embora. Precisam de mim lá em baixo. Obrigado por tudo e por deixares três raios teus para me iluminar. Não quero ser aquela mini-planta pequena e frágil. Tenho-te a ti, Sol.

- Vai lá. Vou pensar em várias coisas. Gostei muito de falar contigo árvore.

- Até à próxima, ou melhor, até amanha.

A grande e nova árvore sentiu-se reavivada. Será que o Sol a deixou?

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Mudança falhada...

Augusto chegara à escola, de ténis, calças rotas e boxers à vista, t-shirt, camisola com capucho posto e para espanto de todos com um cigarro na mão.
Ele trazia todos os materiais, mas tinha a mal numa lástima; Modernizou-se e tratou o que tinha para tratar. Toda a população escolar ficou espantada e admirada com o que se tinha passado, um aluno novo?!
Poucas coisas o mantinham agarrado ao passado: a turma, o gosto pela escrita e aquela estreita relação de amizade com 5 colegas. Nenhuma o reconheceu, mas Helena destacou-se e conseguiu descobrir que aquele "aluno novo" era Augusto, as unhas roídas e aquele grande cale num dedo da mão esquerda, era definitivamente ele!
Tocou, 8:30h, ninugém reconhecera Augusto, todos pensaram que era um aluno novo, mas todos também estranharam Augusto ainda não estar presente. Era sempre um dos primeiros a chegar!
Aquele novo rapaz não falava com ninguém! Não se parecia a Augusto. O rapaz sentou-se no canto direito da sala, ao lado de Sofia; Sofia detestava Augusto.
Os professores estavam a fazer a dita "chamada" e prontos para marcar falta a Augusto, mas ao chamarem Augusto, o "novo" aluno disse "presente".
Cara diferente, tudo mesmo!
Toda a turma se admirou: ou era mentira, ou era completamente horrível para alguns, outros adoraram - mas não tinham visto nada do "novo" Augusto.
Ele saia da escola todos os intervalos, fumava e a boa educação do velho Augusto desapareceu. A professora Joana foi a que mais se admirou: Augusto passara agora as aulas a desenhar caveiras, tudo completamente diferente, no entanto as notas dos testes subiram. Só tinha 20's; as férias mudaram-no completamente.
Augusto mudou, mas psicologicamente não se alterou! A figura física era muito diferente, aquela rigidez muscular éra completa por todo o corpo.
O horribilismo e o egocentrismo aumentaram de tal maneira a que ele não queria saber dos outros: como se diz "Relax - Take it Easy".
Não aguentou, decidiu matar-se! Morreu num canto da escola. Terminou tudo! 15 dias para quê?

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Química está sempre ligada ao amor...

A química está sempre ligada ao amor, no entanto existem alteraçãoes que são feitas que na química microscópica, não podem existir.

A Linda História do Átomo e do Electrão
Certo dia, 24 partículas sub-atómicas juntaram-se. 8 electrões, 8 protões e 8 neutrões. Era um átomo estável na química microscópica, mas nesta moderna e renovada química, o objectivo era existir só e mesmo só átomos de hidrogénio, um electrão, um protão e nenhum neutrão!
No núcleo começaram-se a sentir repulsões, mas mesmo bastantes, de modo a que um protão, tornou-se um electrão. Esse tal electrão era a excepção em relação aos outros todos, era completamente vulnerável a um electrão de outro átomo vizinho.
Foi incidida uma energia tão forte que fez com que esse electrão abandonasse o átomo e ao ligar-se com o electrão vulnerável, formaram um lindo átomo de hidrogénio. Conseguiram a establidade.
Porém muitos outros protões e electrões também estavam com essa necessidade, ou melhor com essa intenção, mas a luz que tinha sido emitida para aquele electrão sair, nunca mais ocorreu até agora.

domingo, 16 de agosto de 2009

A 2, não é difícil (Parte 35)

Chega o dia das matrículas do ano que se iria iniciar em Outubro. Por espanto, Adriana diz a Daniel que quer regressar à Escola onde fez o secundário e fazer o exame de Biologia/Geologia que ateimou em não fazer no 11.º Ano. Daniel sempre havia apoiado o facto de ela o fazer, uma vez que seria melhor para a sua carreira profissional e além disso a partir desse dia os manos concentraram-se em rever toda a matéria que ele havia dado. Todos os processos complexos, chatos e complicados que ele havia, em segredo, passado para um caderno, já à espera que Adriana decidisse de tal forma.
Ela não ficou espantada com tais apontamentos, uma vez que já estava a habituada às ditas "surpresas" de Daniel.
No entanto, o primeiro dia de estudo complexo não foi claro e simples, tal como era esperado. Adriana aparentava ainda a cara de tristeza, após ter visto Daniel e Susana, ao beijos, em pleno Barreiro. Soltou lágrimas que, na minha opinião, foram de alegria e de tristeza ao mesmo tempo. Não consegui perceber mais do que isto. Ela havia-se fechado sobre si e não havia comentado nada.
Daniel, um "perito" a tentar decifrar as caras e a escrita de Adriana, reparou na tristeza que ela demonstrava, por vezes. Rapidamente percebeu que tal coisa foi por causa de Susana, no entanto, tentou animá-la, mas sem êxito.
Depois das ditas matrículas, da chegada à casa e do jantar, Daniel, como já era hábito, senta-se no sofá, em frente da televisão para ver um dos concursos de cultura geral e conhecimento. Achou estranho Adriana não estar com ele, eis senão quando, decide ir ao quarto de Adriana para ver o que se estava a passar, devido à ausência pouco habitual.
Quando este chegou ao quarto dela reparou que esta estava a escrever. Acto raro, desde os últimos dias da vida dos pais dela.
Daniel voltou à sala com um sorriso e baixou o volume da televisão.
Entretanto, no quarto de Adriana, esta não repara que Daniel a foi observar. Ela escreve algo inesperado. "Aconteceu. Não soube como reagir a tal acto que vi na rua. Por um lado fiquei contente, porque parecia que Daniel já conseguia olhar para outras raparigas, mas por outro, senti um aperto no coração, não sei a que se devia, mas senti-o. Sinto saudades de ter o que tinha no ínicio do meu Secundário: dos meus pais, dos meus colegas, dos meus professores, da minha escola e de algumas peripécias que passei.
O tempo passou e não posso voltar a ter o que tive. Apenas recordar factos e reimaginá-los. Felizmente, tenho uma pessoa comigo ainda, Daniel. Fui parva, ao ter feito o que lhe fiz, mas foi coisa do momento. Não sei porquê! Senti que devia fazer aquilo e fi-lo. Porém, além da aprendizagem, foi com garra que Daniel apanhou todas as pontas soltas que deixei e, voltamos a ser os unidos.
Agora, a Susana. Não sei que fazer. Acho que ainda gosto, ou melhor, amo, Daniel. NÃO SEI! NÃO SEI!. Quero sorrir e não pensar em tal rapariga."
Após tal escrita, beija a folha em que escreveu e diz em voz mediana, por uma vez mais, que Daniel é essencial para ela.
No dia seguinte, continuaram o estudo. Adriana teve de responder a questões relacionadas com a matéria em estudo. Tal como Daniel esperava, acertou em todas.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

A 2, não é difícil (Parte 34)

Daniel vê a mesa com salpicos de água e pára de escrever. Repara assim em Adriana que estava a ver o que Daniel estava a escrever. Acho que Adriana nesta altura, conseguiu transmitir tudo o que queria a Daniel. Nenhum dos dois fez juízos errados. E, na minha opinião, reiniciaram tudo, 'destruíram' tudo e começaram a pôr o primeiro tijolo de novo.
Assim sendo, depois de terem tomado o pequeno-almoço, sairam juntos de casa, e dirijiram-se ao fórum. Combinaram que não poderiam falar em pretérito nenhum, porque queriam sentir tudo de novo, para não ter erros e não causar problemas. Cada um surpreendeu o outro. Confesso que me emocionei interiormente, porque não pensei que Daniel fizesse o que fez para ver a irmã sorrir. Daniel contentava-se com pouco, e um abraço forte da irmã fez com que pudesse lançar o sorriso que mal se vê.
Estava um dia solarengo e os irmãos combinaram que iam à escola que os acolheu para passar uma boa manhã e rir um bom bocado. Foi de louvar a combinação de jogos que escolheram fazer desde o fórum até à escola. Cavalitas, macaca, corre e pára; acho que as pessoas os apelidaram de 'malucos', mas muitos aplaudiram-nos, à sua passagem. Na chegada à escola, 'aiaram' os dois e começaram a canar o hino do Agrupamento.
Acho que até eu, que sou um pé de chumbo dancei, e olhei para todos os lados, mas ninguém me viu. Conseguem dar a volta à escola e infelizmente recordar-se de três pessoas que foram muito importantes nas suas formações. A família de Adriana e a professora de Filosofia do 10.ºAno que por estranho que pareça reencontram-na no 1.º ano de faculdade.
Daniel desvendou um segredo, muito bem escondido. Mostrou pela primeira vez na vida o antigo 'gabinete' dele. Nenhum membro do corpo discente sabia que Daniel tinha um gabinete, mas era a partir de lá que ele coordenava todo o tipo de papelada que era preciso. Adriana não ficou com muito boa cara... mas Daniel utilizou o truque para a fazer rir e acabaram por passar um bom bocado ali.
Os manos lembram-se que saia em ambas as faculdades as notas finais do semestre e por estranho que pareça, foram os dois às duas faculdades. Daniel que detestava Artes e Adriana que metia-lhe um pouco impressão ver tanta gente ao molho e muita gente.
Passaram os dois com as notas mais altas e, sem mais nem menos disseram ao mesmo tempo, 'Somos infalíveis'. Cada um fez uma interpretação diferente, dessa expressão e regressaram a casa, no entanto, num ápice, uma colega que passou na rua, que havia sido cumprimentada pelos manos, beija Daniel. Ele fica imóvel e Adriana continua o seu caminho. A todo o custo, Daniel impede aquele contacto físico, mas Susana não deixa. Quando os manos chegam a casa, é de notar a cara de tristeza dos dois.

domingo, 12 de julho de 2009

A 2, não é difícil (TF3)

Lisboa, 19 de Novembro de 2012
Estou num quarto branco. Sem televisão, computador, companhia, estou simplesmente de branco a lidar com pessoas vestidas de branco. É algo que me mete confusão, mas fui eu que me meti nisto para ter a minha vida salvada. Recordo-me perfeitamente do tempo em que discutia com a minha companheira de casa, a utilização da forma regular ou irregular dos partícipios passados com os verbos ter e haver. No entanto, até isso desapareceu. Acho que ela se esqueceu de mim, ou então, não ligou à mensagem escrita que lhe deixei em cima da mesa de cabeceira.
Amanhã vai ser um grande dia, de onde passo a ter 3 alternativas para mim e para o meu corpo, ou fico em coma, ou sobrevivo ou então fico na mesa do bloco operatório. Admito que tenho medo. Nunca tinha passado por nada assim. Todas as outras foram comigo já inconsciente ou foram pequenas. Acho que alguém caminha em direcção ao meu quarto. E vem, é uma enfermeira. Parece que me vão dar algo relaxante, para eu amanhã ir já mais calmo para o 'terror'.
Espero que consiga sobreviver, quero acabar de tirar o meu curso, e ao menos, poder trabalhar até aos 40 anos. Se não aguentar, é porque devo ficar por aqui. Não quero pensar nisso agora, tenho de estar relaxado para a anestesia não ter mais nenhum efeito terciário.
Penso agora em toda a gente que se ligou a mim, a minha família, os meus amigos, as pessoas que conheci; devia ter feito algo para travar tudo de mal, mas não calhou.
Tenho saudades da Adriana, ela não pode estar aqui, mas nem se lembrou de me ligar. Quem me dera que pudesse dizer que a relação que tenho com a minha irmã era igual à da vida de uma 'coroa imperial', uma flor que tinham quando era mais novo: Quando arrancava uma folha, cuja estava a cair ou a amarelar, esta voltava a crescer verdejante. Tenho pena de que esta relação não seja assim.
Acho que me estão a dar o sinal para eu descansar. Amanha tenho um grande dia em cima. Cedinho vou viajar até ao primeiro andar.
Adeus!'

sexta-feira, 10 de julho de 2009

A 2, não é difícil (Parte 33)

A atitude de Daniel, após ter lido aquele texto mudou por completo. Assim sendo, ele passou a noite a sorrir e estar a 'brincar' com Adriana, tal como faziam há uns anos. Parece que é uma acção rotineira, corre bem, chega a tempestade, e no fim, regressa a bonança. Cada vez acredito mais nisso. Desta vez, Daniel adormece em cima da mesa da cozinha e Adriana não reparou. Estava a ver televisão. Mais tarde, por volta da primeira hora da madrugada, Daniel acorda e vê que estava sentado na cadeira da cozinha. Nesta altura, estava Adriana com sono, já de cabeça caída no sofá. Daniel tira um lençol da cama e dá-lho.
As restantes horas até à primeira acção rotineira do dia, o pequeno-almoço, foram passadas a descansar. Mal raia o primeiro pedaço de luz, Daniel levanta-se e vai para a cozinha. Lembra-se de ir escrever.
Como a irmã se havia deitado tarde, ele esperava que ela se levantasse tarde.
Fiquei emocionado da forma como Daniel escrevia, conjugava as palavras, compunha as frases e ligava os sentimentos que raramente poderiam ser escritos. Ele escreveu algo como:
'Mana, como estás?
Acho que estás muito bem, depois da noite de ontem. Tive pena de ti, porque está quente, no entanto, a noite aparentava o frio, daí estares tapada com um lençol. No entanto, e indo ao fundamental da razão que me leva a escrever, tenho de te agradecer especialmente ao texto riquissímo que me enviaste ontem. Há muito que não recebia nada assim, mas este texto fez-me recordar todos os nossos velhos tempos, que, na minha opinião, foram excelentes. Espero que desde a noite passada, possamos voltar a tê-los, mesmo que não sejam completamente iguais, pelo menos em mais de 85% da igualdade.
Todos aqueles sentimentos que rolavam da tua boca, que entravam nos meus ouvidos contrapunham a totalidade daquele ditado do 'entra a 100 e sai a 200'. Escutava com atenção toda as dulcíssimas palavras que 'lançavas' para mim. Sorria como tivesse a sorrir para uma alteza real, a quem tinha um dos valores mais altos de respeito. Após aquele fatídico acidente e tanto tempo a viver juntos, cujo facto, foi uma 'obrigação' para ambos. Endento perfeitamente todos os teus medos, os teus receios, a tua falta de confiança que possa existir, em alguns casos, depois de ter ficado sem Sol durante 30 dias que para mim foi uma eternidade.
Porém, esses tempos passaram e eu digo BASTA depois de tanto tempo a pensar no assunto. Eu quero estar com a pessoa que conheci e que estive ontem à noite. Uma pessoa bem-disposta, alegre, confiante, sorridente e confiante. Não consigo, hoje, esconder o meu sorriso. Quero estar de alma aberta, para te poder dizer que sim, és minha irmã.'
Sem dar por isso, Adriana chora ao ler o texto que Daniel havia estado a escrever em todo aquele tempo...

terça-feira, 7 de julho de 2009

A 2, não é difícil (Parte 32)

Depois daquele pequeno-almoço, Daniel sai sem dizer anda a Adriana, deixando-a preocupada. Ela segue-o, e pensa que irá para uma paragem de autocarros ou para o Fórum, no entanto, ele supreende-a ao ir para o miradouro da Avenida do Rio, onde começa a debitar palavras à toa e alto. Estava sozinho, mais ninguém estava ali, naquele momento, assim sendo, Daniel, comela a chorar, deixando com pena Adriana. Ela que estava mesmo atrás dele, não se queria mostrar, porque ele não sabera que ela o seguira. O facto é que Daniel permaceu ali durante horas, modificando a sua atitude, entre a declamação e o choro.
Quase que adivinho que Adriana se sentiu culpada daquela acção. No entanto, Daniel, num simples momento levanta-se e dirige-se a casa. Mais rápida teve de ser Adriana, uma vez que Daniel não sabia que ela o havia seguido.
Ao chegar a casa, Daniel vai direitinho para o quarto, onde começa a escrever no seu diário e a programar as férias. Essas férias deixavam-no triste, mas ele tinha de as fazer. Queria pensar, ele estava confuso perante toda a situação que existira entre ele e Adriana.
Sem mais nem menos, algo o faz mudar de ideias. No canto direito do computador aparece uma chamada de atenção, que diz que ele havia recebido um e-mail.
Daniel abre-o e repara que o endereço é-lhe bastante familiar, era o de Adriana. Comovi-me bastante com o e-mail, ela havia mandado todas as fotografias, textos, cartas que Daniel lhe tinha mandado, bem como algumas respostas que ela lhe tinha dado e escrito. Ele passa as páginas e na última, repara no texto: ' Indiferente, como é possível que tenhas achado que és-me indiferente? Eu vivo contigo há 3 anos e meio, podemos ter as nossas turras, podemos-nos afastar,podemos estar um pouco chateados, ou até mesmo não nos falarmos durante dois ou três dias, mas nunca te consigo passar ao estado de indiferente. Contigo eu também aprendi a viver, com sorte a reeducar alguém, a partilhar espaços que antes partilhava com a família e apenas com ela, a deixar de ter muitos dos meus segredos. Afinal apenas fiquei contigo ao meu lado Daniel. Não tive mais ninguém nestes últimos quase 4 anos. Posso ser um pouco esquecida e distraída, mas os sentimentos que passaram por mim eos sentimentos que tenho, não são esquecidos. E sim, mesmo que não o diga, és uma pessoa importante, ou melhor, muito importante para mim!'.
Após ele ler o texto, sai do quarto e vai ter com a irmã num infímo minuto. Para ele, aquele minuto fez com que tudo fosse apagado e ele reiniciasse tudo de novo, mas de um novo patamar, o da estabilidade mútua.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

A 2, não é difícil (Parte 31)

O facto que Adriana nunca havia pensado é que todas as palavras que Daniel lhe dava, como por exemplo, o caso de dizer que estava tudo bem, que como já referi anteriormente, era uma mentira, continuava a fazer com que Adriana pensasse que Daniel estava bem. O facto é que a amiga com quem Daniel, um simples estudante de Medicina, no 1.º ano, tinha ido jantar à Costa, deixava muito a desejar. Nada aconteceu entre eles. Já era de esperar, confessou-me Daniel, há cerca de 3 dias.
Mas algo de repente muda na vida de ambos os manos. Ele, regressa a casa, completamente cheio de saudades da mana, e ela, está sorridente, também, mas Daniel, rapidamente sentiu que algo não estava ali bem. Ele conhecia-a bem, e, por isso, não a questionou acerca de nada. Deixou apenas as coisas fluirem e assim, tentar perceber o porquê daquela pequena diferença sentimental, naquele momento.
A noite havia chegado, Daniel, atarefa-se na cozinha, e tranca a porta. Estava a preparar algo que Adriana gostava, mas ela não poderia saber o que é.
'Como é óbvio, acho que Daniel nos deixou a pensar que mais um prato típico português, no entanto, não o era.'
Daniel, após reabrir a porta que dá acesso à cozinha, mostra à mana o jantar. Ela admirou-se bastante, porque sabendo que Daniel não gosta de pizzas, ele fez-lhe duas, gigantes. Ele aproveitou e também provou um nadinha das pizzas concebidas.
Ele acabaria por comer as sobras do jantar do outro dia, que, Adriana tinha feito. Estava bastante bom o que ela havia feito, no entanto, Daniel cai na cama com uma 'pedrada' gigante.
Assim sendo, por volta das 21h 30m já todas as luzes estavam apagadas naquela casa. Os manos ansiavam o início das férias que era logo no dia seguinte.
Durante a noite, não se ouviu qualquer ruído fora do normal. Adriana dormia normalmente como um rainha na noite. Daniel estava na cama, às voltas, mas de olhos fechados, o que parece que ele estava ou a ter pesadelos ou a sonhar. O que vos posso dizer é que algo de 'anormal' se passava ali, uma vez que ele, quando costuma ter insónias, levanta-se, dá uma volta pela casa e regressa ao quarto.
Consegui, num intervalo pequeno, ouvir duas palavras: 'Não, não!'. Parecia que algo se havia passado.
Daniel, na minha opinião, estava a sonhar com Adriana, a pensar que ele estava sim triste, no entanto, quando vê o sorriso dela, entende-o, como uma força que o levanta e diz: 'Então, anda lá!'.
Daniel, como já disse, anteriormente, pensa que Adriana está cansada dele, no entanto, pude constatar que no diário dele, tudo é cada vez mais sucinto, mais resumido. Acho que Daniel tem perdido a inspiração para escrever. Porquê? Acho que nem ele sabe. Apenas tem medo. Medo de com a escrita magoar a irmã e os outros. Ele quer, penso eu, que tudo fique bem.
Na manhã seguinte, Daniel deixa o pequeno-almoço pronto na mesa da cozinha e senta-se à espera de que a mana apareça, nem tardou muito.
O tema daquele pequeno-almoço foi o sonho que Daniel havia tido naquela noite. O facto é que Adriana, no seu interior, congratulou-se e sorriu para dentro. Foi pena não ter demosntrado a Daniel isso. Ele acabou por pensar que ela tinha mostrado indiferença.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

A 2, não é difícil (EPG)

É difícil de após tantas coisas e pouco tempo literário se chegar ao fim de uma aventura, se é esta a palavra correcta, com altos e baixos, com direitas e esquerdas, com tudo um pouco. Enfim, acho que os manos neste momento, estão que casas dferentes, Daniel na antiga casa dos avós e Adriana na sua casa. Daniel, sem Adriana saber deposita-lhe, quando ela não está em casa, debaixo do colchão da cama, 250€ para compensar todo o tempo que estiveram juntos. Não se falam, mesmo que vão no mesmo modo de transportes, ou na mesma rua, escolhem sempre direcções opostas para se sentarem ou então para caminharem. Recentemente, Daniel disse-lhe olá numa SMS de telemóvel, à qual não obtém resposta. Lembrou-se assim que José, seu companheiro de curso e colega de consultório, tinha combinado uma saída de velhos amigos, à qual nenhum dos dois sabia que o irmão havia sido convidado.
Foi uma grande surpresa quando viram o outro. Haviam os dois mantido as mesmas características de há tanto tempo. Ele mantinha-se igual, quando mostrou o caule no dedo da mão esquerda e da cor dos olhos castanho-avelã que Adriana tanto admirara. Ela, por sua vez, manteve as mesmas cócegas, o mesmo carinho, o mesmo tudo, mas no entanto, nos últimos 3 anos, não o demosntrou a Daniel.
Sinceramente eu, não sei que fazer. O que lhes hei de dizer? É difícil, quando depois de tanto tempo, tudo se mantém igual.
Sem nada mais, convido-os para uma ida ao cinema, e ambos, ao mesmo tempo, pedem para eu, ficar ao meio. Cumpri o que tinha ouvido. Não iria dizer que não a dois amigos de 'longa' data.
Tive a dormir todo o cinema. Apenas reparei no último riso que Adriana fez, quando Daniel lhe toca na cintura; além disso, notei na frase que ele lhe diz: 'a minha fonte de inspiração secou'. Acho que não houve qualquer resposta. Fiquei emocionado :')
Sem mais nem menos, eles despareceram, na escuridão da sala, e eu, fiquei, ali, sozinho, a bater palmas para o bom trabalho que os dois haviam feito.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

A 2, não é difícil (TF2)

Barreiro, 7 de Fevereiro de 2012
Tanto tempo que não escrevi por cá. Tinha de ser mesmo, após 3 anos certos da minha perda; no entanto, sinto-me agora bem e sei que tenho aqui um desabafo. Sinceramente, tenho passado os 3 últimos melhores anos da minha vida, com uma companhia excelente. Não poderei pôr qualquer defeito. É como se a minha própria irmã me fizesse esquecer todo o mal e apenas me desse a mostrar o bom e o lado positivo da vida e das coisas. Tenho medo. Sei que em Junho é a última vez que estaremos juntos na mesma escola. Espero que continuemos a partilhar casa, porém tenho um remoinho estranho, por estar aqui sem pagar nada. Mas ela assim o quis.
É um dia de memórias, não há muito mais para escrever. Apenas que simplesmente, adorei o jantar que preparei com minuciosidade. Penso que Adriana também o adorou.

A 2, não é difícil (TF1)

Barreiro, 7 de Fevereiro de 2009
Foi um choque tremendo, consegui ao mesmo tempo perder toda a minha família e ganhar parte de uma nova. Não sei que fazer, que pensar, que achar. Sinto-me vazio. Todas as recordações que tinha têm de ser apagadas. Como é que poderei fazê-las? Todos os ensinamentos, gostos, entre outros que adquiri, foi devido à família que perdi. Sinceramente, acho que não sinto o que escrevo, simplesmente está a trabalhar o meu interior para eu conseguir ter algo escrito num dia tão negro como o de hoje.
É como ter chegado ao fim de uma linha de comboio e ter estado na última carruagem ao contrário dos restantes, e o agulheiro, de um momento para o outro, faz a agulha que nos permite sobreviver ou então ainda não chegou o nosso fim, a data da nossa morte.
No momento da 'agulha' vi toda a minha vida mudada. Agora somos só 2 a viver numa casa sozinhos, sem saber o que fazer, espero não desiludir ninguém com os meus defeitos e aprofundar as minhas qualidades. Sinceramente, acho que com quem fiquei percebe-me e consegue perceber o tudo.
Apenas poderei ter certeza de isso, quando vivenciar a expressão que aqui coloquei. Espero não me ter enganado.
Não posso sentir-me mal, se me sentir, a minha família também o estará. Devo sorrir e continuar a vida para frente, tal como era o desejo de toda a gente que perdeu ali a vida.
Vejo alguém sentado na sala a chorar, fortemente, não obstante, não me consigo aproximar. Sabendo que a dor é a mesma não consigo. Nem o consigo explicar. Atrevo-me a chamar-lhe 'irmã' ao vulto que ali está. Digo mais uma vez que não a quero desiludir.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

A 2, não é difícil (Parte 30)

Depois de ter ficado sóbrio e com uma brilhante dor de cabeça e de ter pedido desculpas à irmã e esta o ter desculpado e chorado, sem saber o porquê desta acção, passam-se meses de forma rápida que se chega a Junho.
Eram os meses finais do 1.º ano de faculdade. A aula de Filosofia terminou, deixaram de estar juntos, ele mudou de curso e ela ainda não tinha descobrido qual era. Começaram a afastar-se sem razão aparente. Sendo eu um amigo dos dois, perguntei a cada um o que se teria passado para tal acontecer, no entanto, ouvi respostas diferentes. Ele, o Daniel, respondeu-me que estava cansado de ser ignorado e que a irmã tem independência e não se queria meter muito mais na vida dela. A irmã, Adriana, responde, entre os dentes que sente a falta dele, poderá mesmò, às vezes ser um pouco desleixada e esquecida, mas uma pessoa que também a fez crescer será, para ela, relembrada o resto da vida.
Viviam os dois na mesma casa, mas agora passaram a ter horário diferentes e mal se encontravam. À sexta-feira, no jantar, data que eu nunca mais me esqueço, 12 de Junho, foi o momento mais ancioso para Adriana e Daniel. Ele quis-lhe explicar tudo. Relembro-me muito bem, de ele lhe dizer que tinha mudado de curso, estava agora em Medicina. Ele explicou-lhe sendo a justificação aceite pela irmã bastante bem. No final do jantar, Daniel toca de propósito no assunto da vida. Perguntou se tudo tinha corrido bem enquanto Daniel tinha estado em Londres. Adriana admirou-se, uma vez que ele nunca lhe tinha tocado nesse assunto.
Ela ao responder, diz tudo, da forma mais clara e simples. Foi uma frase do tipo :"Não se passou nada, eu queria ter ido contigo".
Daniel responde-lhe que se ela tivesse ido com ele, iria sido uma "seca" muito grande. Ele fez-me pensar que salvaguardava a irmã do pior de tudo.
Nesse ano, acontecia o mesmo do que no maldito ano de 2009, dois feriados juntos, mas 3.ª e 4.ª feiras. Óbvio que como Daniel era ficou em casa nesses dois feriados, não saiu ao contrário dos "ricos" do curso que ele estava a tirar.
No primeiro feriado, sem mais nada é convidado por uma colega dele, para ir sair à tarde à Costa de Caparica. Essa colega era como uma pessoa especial para Daniel, depois de Adriana. Assim o foram. Eu tentei segui-los e consegui. Observei todos os movimentos deles. Viu-se bem as vezes que andaram de mão dada e o que andaram no paredão das praias.
Chegam às 19 horas e Daniel insiste para irem jantar. Ela, como estava habituada a jantar cedo, aceita e vão ao mais conhecido restuarante da Costa, mais caro e com vista para o mar. A comida dele havia vindo equivocada e ela fez-lhe questão de lhe dar à boca, com garfo dela, um pouco da sua açorda.
Sinceramente achei que eles iriam namorar, mas acabasse o jantar, mas não. Voltou cada um para sua casa, sem que nada tivesse acontecido. Daniel decide ir dormir à casa que tantos anos o acolheu durante a infância, enquanto Adriana ficou em casa a ver um dos seus filmes favoritos. Ela liga para Daniel a perguntar se está tudo bem, e ele diz que sim, no entanto, mente. Daniel, desde que ela se começou a afastar dele sente-se mal. Começou a vestir roupas cada vez mais escras, mas Adriana não deu por isso. Ele acrescentou no telefonema que não iria dormir em casa, mas que ela podia ir dormir na cama dele se se sentisse mais confortável.
No dia seguinte, quando Daniel regressa, Adriana já tinha preparado todo o pequeno-almoço para ele. Acho que Daniel se havia sentido um rei.
Ela não o questiona acerca da noite que havia passado, nem tenciona ir revistar todas as gavetas do quarto dele. Simplesmente acha que ele também já é adulto o suficiente para saber o que faz e com que faz. Se ele deu-lhe isso a entender, ela decidiu que também o dava...

domingo, 7 de junho de 2009

A 2, não é difícil (Parte 29)

Não chegou o abraço que Adriana lhe tinha dado. Por dentro Daniel, pensou em tudo, todas as suas memórias esquecidas foram reavivadas, a todos os níveis; acho que posso dizer que Daniel havia renascido: Uma pessoa pura, sentada no braço do sofá da sala dos avós, abraçada pelo avô, a ver televisão em conjunto; as vezes que se levantou as 5:30 de modo a ver todos os desenhos animados possíveis. As vezes que saira com a avó, à praça, à igreja, à catequese, à própria escola, onde não conseguia aguentar nenhuma refeição até meados do primeiro período lectivo. Consegui ver, entretanto, um mini-Daniel a brincar com as raparigas às caixas, às lojas e o mal que se passou no 3.º ano do ensino básico. A partir de aí a abrupta sociedade, de vendas nos olhos, começou a julgá-lo até aos dias de hoje; A menina, o gay, o paneleiro, eram dados nomes a Daniel todos os dias, faziam-lhe a perna todos os dias, até conseguiram brincar com a sua inocência de modo a que ele fosse obrigado a ir para o pior lugar da sala de aula. Foi assim que agradeceram as vezes que ele lhe tinha feito os problemas de Matemática ou então as respostas de Língua Portuguesa.

Ele sai do ensino primário e ao entrar no ciclo a história repete-se, começa a ser posto de lado, pelos colegas de escola; aí aprende constantemente que ele e só ele percebe o que ele próprio estava a sentir. No entanto, surgem, como anjos, 4 pessoas excelentes que o acompanharam até ao final do 3.º Ciclo que o ajudaram a todos os níveis; mas nunca o viram chorar, durante todos aqueles anos. Anos se passam e no 8.º, Daniel conversava com as colegas novas e ao descair-se um pouco, apenas acerca de 1mm, toda a escola sabia o segredo dele. Aí e após ser desmistificado tudo, ter emocionado professores e funcionários, aumenta a rejeição dos colegas de escola. Acho que para os outros apenas interessava as vezes que Daniel deixava que os outros vissem os TPC, ou então que lhes safasse das faltas. A sociedade do mundo de Daniel, o mundo Terrestre, julga-o de forma tão abrupta, tendo até a possibilidade de excluir e dos outros terem nojo de uma pessoa tão dedicada aos outros. Daniel apercebeu-se aí que não aguentava; o seu sorriso, tornou-se numa cara séria; perdeu toda a sua dignidade; ele era como um pó que estava no meio da vida dos outros. No entanto, e após de tudo, consegue cosntituir em 36 anos de escola, pela primeira vez, uma assembleia de alunos na escola onde estava. Rapidamente e por engano foi excluído de uma coisa que tinha sido ele a criar.

Ao pensar que ao mudar de escola, para o ensino secundário, as coisas melhoraram, no entanto, em quase nada muda. Os colegas já eram conhecidos dele, ou então a maior parte. Ele aí, começa a chorar, toda a sensibilidade mudou quando, num cubiculo vê coisas sem pensar nelas, sem merecer que elas acontecessem. Para o salvar, se foi esta a sua missão, uma das suas colegas, conseguiu tirar o mestrado no curso de "Entededor de Personalidades" e passa a vida, ao contrário de outros, a constituir uma dupla excelente com Daniel. Quando, por fim, as más-línguas percebem que não chegam a nenhum sítio , ele conehce um novo amigo, José. Companheiro dos manos, no presente, acompanhou-o(s) durante todo o ensino secundário. Porém, para Daniel quase tudo se mantinha: ele era como se fosse usado; continuou sem sorriso, sem poder viver o que queria viver, a ter de ser sério para afastar pessoa da sua esfera pessoal e integrar outras.

Após tudo isto, Daniel acorda, com uma dor de cabeça estonteante, e Adriana pergunta a Daniel que se passou. Sem mais nada, ele dá-lhe um estalo.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

A 2, não é difícil (Parte 28)

Ele estava cada vez mais mudado, deixou de se interessar pelo que se tinha passado com a irmã enquanto ele esteve em Londres. Achou que ela, como maior e vacinada que era, tinha de ser responsável e por isso ele desinteressou-se.
Pensaram que contactar todos os colegas do 10.º ano e irem dar uma volta ao maior parque da cidade deles. O maior problema foi que na paragem em que eles iam apanhar o autocarro falhou uma carreira. Como alternativa, o senhor dos transportes, Daniel, propõe em irem todos numa carreira que daria também ao mesmo sítio, mas por outro caminho. A viagem corre bem e quando saem do mini, Daniel deixa-os, pretendendo assim, ter consciência, da falta daquela carreira. É acompanhado, no entanto,por uma colega de outra turma que se havia infiltrado. Mal ele chega ao ponto de enontro, começa o telemóvel a tocar desalmado, era sempre chamadas atrás de chamadas, sms atrás de sms e quando, por sorte Daniel atende uma, e dizem que uma das colegas caiu, ele começa a correr desalmadamente, sobe a colina e quando chega ao sítio onde está a turma, fica a par da situação. A sua irmã, Adriana tenta acalmar a colega que caiu, mas ela dificilmente consegue sorrir. Tem a face bonita e rosada feita em lágrimas, não parecia a mesma pessoa que Daniel havia conhecido.
Após Anabela ter sido levada para o hospital, e os restantes colegas, continuam a passeada pelo parque, Adriana intigra-se q tenta soltar umas lágrimas, sinceramente, não sei se consegue. Vi, e isso vi bem, foi Daniel, e pensei, tal como ele, a vida que ele levava como o senhor dos autocarros e agora culpava-se pelo que aconteceu a Anabela. Passou o resto da manhã a dizer e entoar alto: "E se tivessemos vindo no 17?". Rapidamente a irmã diz que ele está a pensar de forma errada, no entanto, Daniel faz fachada, no seu interior, continua desmoronado e completamente desterrado.
Passma dias e dias e Daniel perde o apetite, perde a vontade de fazer o jantar, de acabar o secreto curso dele, de tudo o que tinha feito na vida; e melhor a partir de agora tinha medo de dar alternativas aos colegas para irem para diferentes sítios.
Para ele, passa um mês a correr, e sem ele esperar e quase sem forças cambaleia pelas ruas da Cidade Universitária, sem rumo, com as costas coladas ao estômago, e com a cabeça feita num oito.
Sem mais nem menos aparece-lh à frente um grupo de vagabundos, porém não lhe exigem mais nada do que ele consumir droga.
Daniel, a pessoa certinha, estava agora sem cabeça e com o espírito em baixo e decidiu experimentar a substância que lhe haviam oferecido; ele como estava não tinha consciência de que "aquilo" lhe ia fazer mal. Ele experimenta via oral, nasal e até num dos sítios mais remotos espectam-lhe na divisão entre o braço e o antebraço uma seriga com uma substância estranha.
Sem consciência de si, vem para casa, como um sem-abrigo, e mal entra à porta caí redondo no chão.
Acho que se Daniel pudesse havia escrito algo para conformar a irmã, no entanto, não teve tempo apra o fazer. Adriana perante esta situação larga a faca que tinha na mão e abraça com cumplicidade o irmão de modo a ele despertar.

domingo, 31 de maio de 2009

A 2, não é difícil (Parte 27)

O segredo de Daniel permanecia bem escondido, porém não o quer revelar por agora a Adriana; Ao jantar, comenta com a irmã que a faculdade organizou uma visita de estudo a Londres, e ele tinha-se inscrito. Pediu ao mesmo tempo desculpa, pegando na mão dela, por não a levar, mas seria demasiado maçudo e desinteressante para ela.
O derradeiro dia da partida de Daniel chega e ele pare em direcção a Londres, deixando a irmã, em Portugal. Daniel, no avião, tenta manter-se isolado dos restantes, pensando na maiorida do tempo, na pessoa querida que havia deixado em solo português. Um dos seus colegas que já conhecia desde o Ensino Básico diz que seriam só uns dias que Daniel não iria estar com a irmã, no entanto, ela responde dizendo-lhe, a chorar, Jeremias, ela é a pessoa que me faz feliz, é com ela que estou há não sei quantos anos e além disso, é minha "irmã". Jeremias responde, com a tentativa de abraço masculino, posteriormente travada por Daniel, argumetando que queria estar sozinho.
Mal aterram em Heathrow e ele respira o ar londrino, pensa na irmã, e decide-lhe ligar da cabine telefónica mais próxima. Pude ouvir alguma da sua conversa, era bastante íntima: "Olá mana, se não me pudeste atender de momento é porque algo de importante estás a fazer. Desculpa mais uma vez e passa bem estes dias. Se tiveres saudades, pensa que estás acompanhada".
Adriana estava na faculdade, e quando chega a casa depara-se com uma mensagem no voice-mail do telefone. Após lê-la, sorri, mas não responde a Daniel.
Não sei que se passou durante o tempo que Daniel esteve fora, mas quando ele regressa parece outro, completamente diferente, como se algo se tivesse passado e o modificasse por inteiro.
Adriana, mal vê Daniel, abraça-o, faz festinhas, acarinha-o e agradece o telefonema que ele lhe fez no primeiro dia de viagem. Ele responde-lhe dizendo que ela não tem de agradecer, porque qualquer pessoa que se preze faria isso.
Daniel quer-se ir deitar. Estava demasiado cansado; o facto é que Adriana fica junto dele, parecendo que queria preparar o irmão para alguma má notícia.
A hora do jantar aproxima-se e ele vai preparar o jantar como é costume, naquele dia ia ser algo diferente: puré de batata encarnado. Ela adorou. Que se terá passado enquanto Daniel esteve fora, algo de realce?

sexta-feira, 24 de abril de 2009

....

É estranho pensar que o fim pode estar tão perto. Fechemos então um ciclo e abramos outro já de seguida.! Tenta fazer isto tamém!

E sim, desta vez, PASSA-SE algo!

A 2, não é difícil (Parte 26)

É cíclico que sempre que algo de mau acontece, de seguida algo de bom vem repará-lo, mas depois, algo que nunca se pensou substitui o bom e o mau regressa. No entanto, se isto acontecer várias veres, mesmo quando o outro não sabe o que é, torna-me completamente derreante e estafante para aquele que matuta muitas vezes no mesmo assunto, no mesmo tema.
A noite havia sido demasiado tranquila para ambos, naquele sofá tão confortável, dormiram como anjinhos. Rotina que raramente é quebrada, acontece sempre, e Adriana tinha o pequeno-almoço feito e preparado. No entanto, apresentava mudanças... O leite com chocolate deu lugar ao leite de soja e o pão barrado com manteiga originou o pão com fiambre ou queijo. Daniel não admitiu que Adriana lhe perguntasse alguma coisa, comeram os dois, após ela ter falado num tom mais alto com Daniel acerca do martírio que ia ser para beber aquele leite de soja. Ele não ligou a anda do que ela disse. Saíram de casa e foram apanhar o barco a caminho de Lisboa. A surpresa foi quando Daniel apanhou o 732 e não acompanhou Adriana no metro. Um ligeiro e acolhedor roçar na cara e um segredar de "tem um bom dia de aulas, vêmo-nos logo" demonstraram que algo havia mudado. Estranho lá isso era, mas Daniel não disse nada a Adriana e ela ficou com a pulga atrás da orelha. Há última da hora, ela surpreende Daniel quando vai ter à paragem do autocarro com ele. Estranho é, por a faculdade dela não era servida por aquele autocarro, no entanto, Daniel pensou que andar um bocadinho não tinha problema. Adriana vê a paragem da faculdade de Farmácia a passar e Daniel não saiu. A paragem mais próxima para ela era a da cantina da Universidade, e quando o autocarro anuncia essa paragem ela pergunta-lhe, se Daniel sairia naquela paragem. Ele responde-lhe que não. Então ela pergunta-lhe se o médico mandou-lhe ir ao Hospital fazer algum exame a Daniel responde mais uma vez negativamente.
A pulga atrás da orelha continuava e Daniel quando chega ao término da linha, Hospital de St.ª Maria, dirige-se ao departamento e realiza tudo o que estava previsto.
Adriana, pelo outro lado, vai para as aulas, mas toma atenção ao telemóvel. Num dos intervalos recebe uma mensagem: "Olá mana. Vens almoçar comigo? Quero contar-te novidades!" Mais uma vez, estranho, achou Adriana, porque a faculdade de Daniel tem uma cantina própria.
Chega à hora do almoço e Daniel aparece de bata branca com uma mancha roxa no tecido. Em farmácia mexe-se com produtos químicos é normal, mas Daniel depressa demonstrou que algo de estranho se tinha passado. Algo que Adriana não se teria apercebido é que Daniel deixou claro numa das suas cartas anteriores o que ia acontecer e as mudanças que iam existir. Mais uma vez ela tinha-se esquecido do que era. Daniel não se desmanchou. Ele, sai da faculdade e chega mais cedo a casa. Tem o jantar ao lume quando chega, Adriana a casa.
Parecia cansada e completamente zangada com algum assunto...

domingo, 19 de abril de 2009

A 2, não é difícil (Parte 25)

Certamente que após aquela carta, Adriana corroeu-se por dentro, mais uma vez, no entanto, teve-se de fazer de forte para Daniel, não reparar que ela se tinha emocionado com a carta. A primeira coisa que ela decide fazer é pôr-lhe os phones, com uma suave música. Era um dos conselhos do médico, Daniel precisava de exercitar todos os músculos e Adriana, ajudou-o a exercitar o sentido auditivo. Porém, por volta da hora do jantar, Adriana decide ir para casa. Assim o fez, ela, quando chega, cansada e completamente enlagrimada. Pensa mais uma vez, que havia sido a culpada de tudo o que se está a passar a Daniel. Relembrou-se da conversa do médico:
"Boa Tarde, eu sou o Dr. Feijó, vou explicar-lhe tudo o que fizemos ao seu irmão. Ele, sofria de uma pressão cerebral bastante elevada, devido ao excesso de trabalho que tinha e para além disso demonstrou um quadro bastante elaborado de stress e início de uma depressão. Só algo bastante grave é que poderia ter feito o que fez. Sabe o que pode ter causado isto ao doente? Adriana respondeu afirmativamente que possivelmente devia ser a conjugação de todos os sintomas e desejos, saudades que ele tinha. Nós perdemos os nossos pais, numa viagem, vivemos os dois juntos há quase quatro anos e ultimamente eu tenho andado diferente. Ele deve-se ter achado culpado e aocnteceu-lhe isto. O médico respondeu que era muito provável que isso fosse a causa do que se tinha passado."
Adriana, passados quase quatro anos, decide olhar para o passado e ver as fotografias que tinha da família, do real irmão, e dos pais. Complementou toda a amargura com um bom copo de água, como era hábito. Após reviver todos os actos que se tinham passado, decide escrever um texto, onde demonstrou o tudo e o todo. Escreveu, linha a linha, todas as razões, todos os motivos, todos os contextos, para que depois os pudesse guardar para ela.
Passam-se 30 dias, chega o momento de Daniel regressar a casa. Estranhamente a casa encheu-se de gente. Adriana tinha convidado as pessoas que ele mais gostava, Adosinda, Madalena, José, José Pedro, Andreia, entre outros. Era de louvar aquela situação.
Engraçada foi a noite, depois de a festa terminar... Foi passada como nada tivesse acontecido, depois de Setembro. Daniel ensinou Adriana a cozinhar os pratos que ele fazia e nessa noite, foi ela que fez o jantar. Ele, ao saborear, reconheceu o paladar, de que à muito não comia. Após o fim do jantar, foram ver televisão, bem juntos como irmãos mesmo. O tal jogo que Adriana detestava jogar, foi jogado entre eles, na maioria da noite... Ficaram empatados no final. Daniel pediu a desforra. Mas acabaram de adormecer de mãos dadas, no sofá, tapados com a mantinha multicolor da mãe de Adriana.

A 2, não é difícil (Parte 24)

Tic tac, Estávamos em Novembro e ele decide ir ao médico. Teve demasiadas dores de cabeça, mas sempre as escondeu de Adriana. Apenas lhe dizia que estava tudo bem. Num tal dia, Daniel falta às aulas e vai às escondidas ao médico. Ao fazer o exame, é-lhe detectado algo grave. Não sabendo o que é, pede ao médico para ir a casa, para depois regressar ao hospital para o internamento. No entanto, o médico diz-lhe que Daniel vai ser internado no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, e não aqui.
Daniel, ao saber disso, apressa-se em ir a casa, põe as roupas na mala e decide escrever algo para Adriana:
"Olá!
Eu sei que durante estes últimos dois meses nos temos afastado cada vez. É certo que ultimamente nos reaproximamos, porém escondi-te que vinha ao médico. Algo de grave se passa comigo, nem sei bem o que é! Fui internado em St.ª Maria, e não sei o que me vão fazer. Por favor, vem ter comigo, dá-me o teu carinho, porque eu em ele, não sou o mesmo a viver, não tenho aquela alegria, que tinha, continuo-me, por vezes, a sentir-me culpado de tudo o que passou.
Não tenho mais tempo para falar. O barco, o metro e o hospital esperam por mim. Infelizmente, não vou ter um dos meus sonhos realizados, mas sei que estou entregue em boas mãos.
Beijnhos Adriana, até ao dia que me fores visitar."
Assim, Daniel, o fez. Pediu na enfermaria de Neurologia, um quarto individual. Não esperava qualquer visita, Adriana era a única família que ele tinha.
Quando ela chega a casa, não vê Daniel, não ente o cheiro do bom jantar feito. Vai ao quarto e repara no bilhete que está em cima da mesa de cabeceira e lê-a. Após a atenta leitura, deixa-a no chão e não se apercebe que aquela carta é a realidade. Pensa assim, que a face brincadeira de Daniel podia ter querido dar um ar da sua graça.
A noite passa para ambos. Um, a soro, para outro, uma noite descansada na cama. De manhã, no dia seguinte, Adriana continuava a não ter o pequeno-almoço pronto, e percebe que aquela carta era real. Veste-se, num ápside, e põe-se no barco, a caminho de Lisboa. No momento em que chega ao hospital e à enfermaria correcta, a resposta que lhe é dada, quando pergunta por Daniel é que ele já havia sido levado para o bloco operatório. Ela apressa-se e tenta apanhar o elevador, junto à maca dele. Pensa, assim, durante as dez horas que passa à porta do bloco operatório, no que tinha feito, de bem e de mal ao Daniel. Após esse tempo, vê uma das tantas camas a saírem da sala de operações. Não o reconhece, mas ao perguntar se aquela pessoa era o Daniel e se era de Neurologia, ficou tudo esclarecido.
Chegam ao quarto dele e o médico apressa-se para informar a acompanhante do que se passou. Depois de Adriana ter ouvido tudo, martiriza-se pelo que Daniel está ali a passar naquela cama. Para ela, tinha sido a culpada de tudo. Ele, ainda com uma ligeira sedação, diz-lhe que ela não foi culpada de nada. Em seguida, abraça Daniel, demonstrando o carinho que lhe faltava, durante todos estes meses. Daniel, espantosamente, estende o braço para a mesa de cabeceira e pede a Adriana para ler a carta que ali estava. Após a leitura, Adriana deixa cair a carta e chora.... Parece que fica imobilizada...

terça-feira, 7 de abril de 2009

Quando?

Quando uma gota de água salgada cai, parece que o mar enche.
Quando corre água fortemente, parece que se encharca o planeta.
Quando nos sentimos mal e queremos que caia água fortemente, ficamos secos, chegando a sorver todo o mar que nos rodeia.
Quando resolvemos algo, o mar volta, a serenidade regressa e a dor é libertada.

terça-feira, 31 de março de 2009

A 2, não é difícil (Parte 23)

O louvor da boa disposição que os integrava, era mesmo elevado. Foi elevado de forma a conseguir arrastar sofás, mesas, conseguiram um ápside, mudar toda a sala, a primeira alteração de lugar que tinham feito, após a morte dos pais de Adriana. O sorriso dela, poderia não ter a mesma firmeza, podia não ter o mesmo realce do que tinha há 3 anos, quando se conhecram ou mesmo quando puseram de parte todos os rancores, e não se falaram. No entanto, Daniel conseguia decifrar que aquele sorriso, era a chave de uma satisfação interior elevada, como a que ela tinha há muito tempo.
Após a (des)arrumação da sala de jantar, cada um foi-se deitar no seu quarto, conseguiram assim estabilizar toda a vida que tiveram e que ainda tinham. A irmandade que tanto havia passado por maus, como por bons momentos foi consagrada válida e verdadeira, mesmo que essa pudesse demonstrar altos e baixos.
Porém, Daniel continuava no seu espelho relfector, quando estava deitado, com dúvidas, que não tinha coragem de colocar a Adriana. Não as disse, guardou-as para dentro, deixando a cabeça a pensar mais e mais naquele assunto.
A noite passa-se, como sempre, ou melhor, na maioria das vezes, temos Daniel a tomar o pequeno-almoço, e a preparar o de Adriana. Ele não se esqueceu nunca do que haveria de preparar: um bom leite com cehocolate tépido, e uma torrada barrada com doce de marmelo ou com manteiga, daquela que ela gostava imenso. Nesse dia, ele, Daniel, decidiu preparar algo diferente, pôs-lhe, à frente, um copo de leite natural, sem chocolate, e uma torrada cortada ao meio com queijo no seu interior. Achou que Adriana iria detestar, no entanto, quando a vê a "devorar" a comida preparada, recorda-se e compara-a, com uma andorinha, quando chega a Primavera, época em que estas constroem os seus ninhos.
Daniel, com a sua rapidez habitual, vai para o barco, deixando Adriana sozinha em casa; Daniel pensa alto que a faculdade de Adriana está em greve.
Passa-se o dia, e Daniel no regresso apanha o autocarro 7, para recordar as vezes que ele fazia este trajecto, foi até ao Lavradio. Lembrou-se de tudo, completamente. Era de esperar, foi lá, que passou a maior parte da sua vida. Com tristeza, apanha o 14, e sai na paragem em frente a casa. Durante essa viagem, decidiu algo. Esse algo poderá ser triste, no entanto é firme. O facto de ele apanhar a mesma carreira que apanhava/apanhou 15 anos seguidos, fê-lo lembrar, daquele tecto branco, com letras pretas a dizer STOP, com luzes amarelas a piscar. Lembrou-se dos displays, uns tortos, outros ao contrário. O certo é que aquele autocarro já tinha quase 15 anos. Quando chega a casa e expõe a ideia a Adriana, ela simplesmente fica sem voz, sem mexer, e disse está bem...

quinta-feira, 26 de março de 2009

De manhã, de manhãzinha....

Serafim acorda, mal vê o telemóvel, repara que tem três mensagens novas, claro, os assuntos da escola chamavam-no. Decide antes de ir tratar de avaliações e pedidos feitos, sentar-se no sofá a ver televisão. Algo cómico, àquela hora da manhã, porém, algo estranho passa-se com ele. Os olhos castanhos dele, derramam lágrimas, cujas não consegue parar. Pensa que é algo inaceitável e sem razão, no entanto, eu encontro uma razão para este choro, Margarida. Era para ele, alguém especial que "lhe deu com os pés". Rapidamente, limpa as lágrimas e pensa que Margarida é que tem a culpa das coisas. Ele poderia ter errado, mas a reacção de Margarida piorou tudo.
Serafim só pensa em algo que, no meu ponto de vista, não é correcta. Ele pensa que Margarida é importante para ele e ele quer que tudo volte ao normal, no entanto, é tempo perdido, falar com o tempo antes de ele passar. Algo que se aprende nesta vida injusta e com insatisfação. Porém, não me ouve: quer falar seriamente com ela. Eu próprio não sei se resultará. No entanto, só Margarida poderá tirar este peso de cima de Serafim.
Nem eu próprio sei que mais dizer, acontece tanta coisa, com ignorância ao máximo...

quarta-feira, 25 de março de 2009

..... Dia 2.....

É inevitável deixar de escrever sobre aquele amigo que nos é chegado e especial. Por isso, dedico-lhe mais um texto, com opiniões, que repito que estas podem causar-me remorsos e problemas futuros, no entanto, temos de ser mais fortes do que isso. Assim, cá vai mais um excerto.
É certo que a vida não pára para ambos. Todos os dias, a mesma coisas, o mesmo acto ou é falhado ou então é esquecido. Nunca pode-se atribuir culpa a ninguém, ou melhor a Serafim se calhar, segundo a lógica e a razão é ele o culpado. Perco bastante tempo a olhar para eles e deslumbrar-me com as confusões que ele pode arranjar e as mesmas podem gerar conflitos inevitáveis que transmutam muito. Todas as razões foram e são explicadas, no entanto, e pelo que me apercebo dos desabafos dele, Serafim continua sem perceber o porquê disto. No fundo, ele está com remorsos de tudo o fez a Margarida, porém, interpola-se e eu também, frequentemente com a questão: "A radicalidade comanda a compaixão?" Algo que nem eu próprio consigo responder, algo, para mim inexplicável, porque é simplesmente algo que me confundem todos os neurónios e me atrofia todo o pensamento. Teria mais de um ou dois dias para pensar e depois grafar-lhe alguma resposta. Não o faço, mesmo assim, todos os comportamentos inevitáveis de Margarida, apenas assentam numa base lógica e compreensível, um pouco dualista, isto é, abrange duas vertentes: uma delas a saudade, e tudo o que se encontra subjacente; por outro, a rebeldia, a chatice e a necessidade de Serafim aprender.
Tudo isso, mesmo que ela não se interrogue ou então que saiba ou julgue, faz com que ele perca tempo, inevitável, quando perdemos, por quase completo, o carinho, a atenção, a querideza e muito mais de uma pessoa, que não por ser apenas, um assunto complexo, com pouca solução.
Tento sempre ajudá-lo, porque ele merece. Não seria justo, mostrar uma inevitável desatenção dele, porque a amizade é completamente importante em todos os níveis de vida e de crescimento do ser humano. De certa forma, acho que a minha colega, a qual volto a citar, por palavras semelhantes, se tu não tiveres de acordo, eu seria incapaz de realizar algo. Bom, é algo que é inevitável, porque não é inevitável. É um ciclo vicioso. Realizando a analogia entre a Matemática, pode-se dizer que a recta que os unia estaria horizontal ao mesmo nível ou com pouco inclinação; porém, agora apresenta-se bastante inclinada, com ela no plano positivo e ele no plano negativo (tudo isto por conversas e por gestos que me diz Serafim). Torna-se complicado analisar de certa forma, tudo isto, no entanto, tenho de o fazer, chegando a uma conclusão, a qual te transmito de forma clara e objectiva: Vocês eram uma coisa, tinham uma certa relação; Tu podes ter estragado, mas no fundo fundo, é sempre inevitável que se tenha sempre um pé de fora para ajudar todos. Responde-me a esta pergunta, caro amigo: "Achas, se deres tempo ao tempo, que a inclinação da recta diminui?" Eu próprio não sei. Terás de ser tu a responder.
Para finalizar, não sintas o tic tac do coração por alguém que não demonstra isso....

terça-feira, 24 de março de 2009

Um texto diferente, para uma pessoa diferente

Serafim e Margarida, um caso demasiado sério para comentar, escrever, analisar. No entanto, ele existe, e eu, como uma pessoa de fora, mas próximo, tento perceber ao máximo, o que se passa. É certo que a intromissão é má e eu posso arcar com consequências um pouco inevitáveis, no entanto, a amizade é um dos valores mais supremos, deixando assim, todas as consequências de lado. Pois bem, quando alguém viaja, num tempo longínquo, mas presente, parece que o outro parceiro, que não é parceiro nenhum esbate-se, entristece, sabendo que poderá acontecer algo de mal aquela pessoa querida que ele adora. No entanto, nunca poderá estar assim. Aquilo apenas o contraria, naquele momento. A seguir sentir-se-ia melhor, mas de seguida, e noutro momento próximo, na mesma hora, pior de novo. O remédio qual será? Bom, com vista, a ser um amigo bastante próximo, e ao ajudar o rapaz é sempre complicado dizer-lhe que se estiver sempre a pensar na mesma pessoa, é impossível, porque de certeza que ela terá mais coisas/pessoas na vida em que pensar. Ele não gira à volta dela. De certo modo, é impossível realizar esta acção, quando alguém ou algo é-nos bastante, não só para mim como para Serafim. Tendo por base, outra autora, minha colega, a qual admiro bastante, e transformando um pouco as analogias que a mesma pretende transmitir, a árvore, o Serafim, chave de conhecimento, cresce com o Sol, Margarida, a chave do ouro e do calor, no entanto, Margarida, raramente cresce com Serafim. Ela está perante o poder quase absoluto. Todas as caras estranhas ou não estranhas de ela, reflectem-se nele, bem como todos os seus comportamentos.
Serafim, segundo ele, trocado por outro alguém, continua sempre a magicar na sua existência, enquanto qualquer coisa que não sabe bem o quê para ela é.
Apoiando-me, mais uma vez, na tal colega admirada, tudo o que se havia passado entre S e M, não pode de modo algum terminar com uma simples confusão não confusa entre eles, infelizmente, o presente-passado, deles é o presente-passado de muitos dos quais, não assumem algo que sabem, ou enquanto que erram e que não se descorrem do que erraram.
Serafim comentou-me algo do género, "ela perdeu demasiado tempo comigo, sou alguém impensável, apesar de tê-la ainda, como uma importante pessoa para mim. Ela não me merece, deu fortemente sinais de isso". Nada mais errado, na minha óptica. De nenhuma forma se perdeu tempo, porque todas as pessoas importantes para nós, fazem com que nós sejamos importantes para elas, mesmo que não assumam. Se deres tempo ao tempo, verás que a tua chave de ouro, baixará e tu conseguirás tocar-lhe, com carinho de formar a tentar apagar os maus momentos que não desejam que estejam escritos e relembrados. Algo que apenas podem fazer mutuamente, nunca sozinhos.
Mais acrescentando, para finalizar, todas as reacções que existiram é impossível ser fruto de uma desaprendizagem, porque tal como eu, tu és um ser racional, com capacidade de passar obstáculos, de forma correcta.
Pensa nisto...

terça-feira, 17 de março de 2009

A 2, não é difícil (Parte 22)

Aquela noite marcara os dois de forma "permanente", ambos aprenderam que por trás daquelas cara que ambos conheciam, existiam outras que estavam a revelar-se dia após dia. Daniel sentia-se cada vez mais longe de Adriana, no entanto estava tão perto de ela. O dia do baile havia chegado e Adriana convidou Daniel, no entanto este só foi por respeito à irmã, visto que achava que outras pessoas mereciam mais do que ele. Porém, ele tinha sido o escolhido. Não havia discussão, ele foi com Adriana, divertiram-se à brava, mesmo até ela rebentar. Daniel poderia estar cansado, no entanto, nunca o demonstrou.
Já em casa, derreados, cada um deita-se na sua cama e deixam qualquer esclarecimento/comentário para o dia seguinte. Assim o fizeram, na manhã seguinte, Adriana e Daniel falaram, falaram, falaram. Era sábado, um dia que também recordaram para sempre. Foram ao cinema, brincaram com as almofadas, conversaram. Daniel, termina a conversa com a frase: "Percebi que não vale a pensa ceder a interesses superiores, estou feliz assim contigo. É pena que a intemporalidade não exista."; Adriana após Daniel dizer isto, abraça-o como irmão, de forma a dizer, "obrigada, lês os meus pensamentos". Ele percebeu tudo o que ela quis dizer. Tinha experiência.
É tão fácil perceber uma pessoa quando se fala tranquilidade, percebe-se tudo.
Um fim-de-semana passa-se, Adriana desenha, desenha, desenha, e Daniel estuda, estuda, estuda. Um domingo parecido àqueles que tinham no ensino secundário. A intensidade do estudo era tanta que as olheiras de Daniel tinham regressado. É inédito. Ele não queria nada que elas voltassem. Ainda se lembrava daquela doce voz numa aula a dizer: "deves disfarçar.....". Daniel riu perdidamente, até que Adriana chega ao pé dele. Nesse momento, Daniel cala-se, voltando a estudar, silenciosamente. Ela diz-lhe para continuar a rir, porque, estava com saudades, do mau riso dele.
Ainda arranjam tempo para cantar umas músicas, tendo por base recordações e memórias virtuais. Era de louvar aquela boa disposição...

domingo, 15 de março de 2009

TPNA FNM

Enigmas, tal como gosto. É difícil, sentir, promonorizar tudo, todos os fatos, todos os achegos, todas as reacções, todas as"mancas", tudo tudo. Porque é que o ser humano fica dependente de alguém ou de algo, podendo assim comprometer a sua vida. Costuma-se dizer que com os erros, as pessoas aprendem. Neste caso, aconteceu o mesmo, no entanto, toda a alvorada que se levantou tardará bastante a regressar ao mesmo, ou mesmo nunca regressará ao mesmo patamar de estabilidade.
O tempo que passou foi pouco a nível geológico, como para ele, no entanto, a rapidez dos dias, todos os segundos contaram, o que demonstra um tempo bastante longo. Todas as chatices, todas as aprendizagens, todas as companhias, todas as saídas, deram para contabilizar toda a amizade que existia perante o mundo. O sorriso débil que me conseguiste criar, simplesmente foi divinal, foi na última semana de todo o "mundo" antigo, penso eu.
Algo como a simples e insignificante dobra de roupa, marcou-me de tal maneira que, consegui, a partir de aí dobrá-la, capazmente. Era algo que nunca tinhas dado conta, mas que aconteceu.
Chega do passado, o que interessa é o presente que já passado e o futuro que já é presente; todos tudo, ao contrário da infinitude das coisas bonitas, das substituições, da vida em si, da perda do débil sorriso, da perda de massa corporal; bastantes coisas, fizemos (utiliza-se a primeira pessoa do plural, porque não fui só eu que me "portei mal"), de modo invisível e outras visíveis de mais.
É-me mais uma vez impossível pensar no caso contrário, porque todas as reacções seriam diferentes, todas as conversas que deviam ter existido que não existiram. A culpa disto não é de ninguém, porque se as pessoas são diferentes têm comportamentos e atitudes diferentes.
Não vale, no presente-passado em que nos encontramos, escondermos as coisas, porque a fraqueza que era escondida, quando algo que a esconde cede, fica à vista de todas, deixando um ar de negridão à mostra, a tristeza desse acontecimento é cada vez mais forte à medida que o tempo passa. Numa esfera sentimental, ou melhor, para ser mais preciso, numa ampulheta mágica, todas as cores felizes, quando passam, naquele pedaço estreito, mudam de cor; Quando a areia volta a ter um tom feliz? Quando a pessoa que manda nela quiser. Todo o "espectáculo" que ocorre é fruto da insatisfação e da revolta que se tem interiormente.
Toda a tristeza que contenho deve-se a sentir-te longe, a no ser a menina acolhedora que se chateou com as minhas acções. I'm unhappy x(
Um "salpicado" de informações possíveis que tendem para o vazio é escrito, sem sentido algum.
O passado-passado, não pode ser mudado, mas o presente-futuro, fica nas nossas(tuas) mãos; o tempo não regressa atrás.

sexta-feira, 13 de março de 2009

Um título indefinido para tudo o que aconteceu/acontece, será o mais correcto, nesta altura do campeonato. Qualquer mutação genética tem como base um único princípio, o da igualdade. Aí, ramificam-se, podendo exisitr ramos e ramos. Enquanto, os ramos não se encontram, por um olá! ou por um bom dia! ou por não se conhecerem, nao descobrem se são mutações genéticas. Poder-se-á dizer que mutação genética simples é sempre mais fiável, porque famílias diferentes podem dar rebentos genéticos: com características semelhantes, outras diferentes. Quando se encontram, a legria compremete-se a tratar do que falta, com todos os patamares de preenchimento limitado, visto que existe sempre, por cada um estabelece, um princípio ao nível do cérebro.
Todos os sorrisos, todos os sinais consientes de uma mutação genética verfalsa, acontecem, mesmo quando não se espera.
Afastando-se um pouco da genética, existe a amizade que, também se pode ligar à genética, como já referi anteriormente, no entanto, quando não se liga vivamente, tem-se aquelas pessoas: entre 5 e 10, num caso, em que temos aquele apresso especial. Parecendo que não conseguem dar sempre a mão, puxar-nos sempre de onde estamos, para níveis superiores. Sim, existe sempre uma grande cumplicidade a todo o nível entre eles.
Voltando à genética em si, e na sua relação produzida, num caso particular, tem-se a distância como factor dispensável, não só como horrível, mas também como algo que ninguém tenta gostar.
"Se perdesse a minha mutação genética, sentir-me-ia mal, é alguém que complementa todo o ser que existe. Alguém bom e compremetedor".
A amizade de novo, como caracterizá-la...?
Será válida? Porque razão existe amizade? Não bastaria existir um conhecimento básico ou então uma mutação genética mais aprofundada...? Além de justo, seria justo e completamente válido, não só a nível físico, mas também a nível psicológico.
Terminando com a salganhada de sentimentos físico-psicológicos que me irradia: "tristeza, satisfação, felicidade e nojo". Perguntarão, como é que possível um ser humano ser feliz e infeliz ao mesmo tempo. Se pensarmos em máscaras que temos e se tirarmos uma após outra, mas pusermos logo de seguida a mesma, temos essa diferença, essa possibilidade! Nojo de quê? As características pessoais não chegaram para complementar toda a verdade existente.
Será que valeu tudo...? Será que a "mutação genética" chegará apenas?
Perguntas que é-me impossível responder, com elas, tende-se sempre a concluir objectivos pessoais, os quais são completamente equívocos.
"A finitude é a tua característica"

domingo, 8 de março de 2009

Adeus...

A 2, não é difícil (Parte 21)

Parecendo que não aquela escolha mudou mais uma vez, toda a vida dos manos. Quando Adriana soube da obrigatoriedade das aulas de Educação Sexual na faculdade, fez todos os possíveis para não se inscrever, uma vez que, para além de não se sentir à vontade no assunto, acha que Daniel não era a pessoa mais indicada para dar as aulas. Daniel, quando chega a casa, estafado e completamente desejando o suave toque de Adriana, ouve o sermão que não estava a espera. A única coisa que disse foi que já tinha jantado e que ia-se deitar. Adriana responde-lhe, perguntando se já jantava na faculdade; coisa que era estranha acontecer. Ele preferia fazer o seu jantar.
Essa noite ficou aqui, Daniel na cama, numa sexta-feira, mais cedo do que o habitual e Adriana no sofá, com lágrimas sucessivas de tristeza e raiva misturada. Interpolava-se interiormente, como havia sido capaz de dizer aquilo tudo a Daniel. Ele que a tinha acompanhado, realizou alguns dos sonhos dela que não eram nada simples e fáceis de realizar. Daniel, na cama, não consegue descansar pela forma com que falou à irmã. Levanta-se e decide ir ver o correio. Contas, contas, contas e duas cartas diferentes: uma para Adriana e outra para Daniel.
A de Daniel, não tinha qualquer tema de especial pois era apenas a consolidação da matrícula na Faculdade de Farmácia de Lisboa. No entanto, a de Adriana era bastante comprometedora. A faculdade de Belas-Artes convida as alunas para o baile de início do ano lectivo, que se realizaria na sexta-feira seguinte. A AE da faculdade dela, tinha deixado um PS na carta, dizendo que os convidados teriam de ser do sexo oposto. Aí, Adriana pensa, repensa e volta a pensar em todos os tipos de pessoas que poderia convidar: José, Daniel, Marco, entre outros. Porém algo que Adriana sentia naquele dia, dizia para convidar Daniel, mas ela estava em dúvida. Daniel, nem ligou muito ao que Adriana ligou, visto que ele, sabia de certeza que não seria o convidado dela. Se fosse à uns meses ou anos, diz ele, seria mais fácil.
Tenho a impressão de que o título deixa de fazer sentido, a 2? Se na faculdade ninguém fica a dois. Ficam sempre em 10, 20 ou mesmo um grande número de pessoas.
Adriana ia-se deitar. Daniel fica triste e completamente derreado, quando vê a sua irmã a ir para quarto.
A razão desse choro era impossível ser descodificada. Agora é Daniel, que mais uma vez se relembra de tudo. Este tudo, ficou um pouco específico, deixando assim, na sua mente uma imagem de três pessoas a passear em plena cidade. É impossível, mesmo Daniel, não ter tido outra atitude, porque esta demonstrou respeito. Ainda pergunta nesta altura, como é que aquilo foi acontecer. No entanto, as perguntas desfazem-se na sua mente, através de um sopro, mulherengo e adolescente ainda. Era Adriana com almofadas. Queria mais uma guerra de almofadas. Algo que já não acontecia à muito. Porque é que ela mudou o seu comportamento repentinamente?