quinta-feira, 11 de junho de 2009
A 2, não é difícil (Parte 30)
domingo, 7 de junho de 2009
A 2, não é difícil (Parte 29)
Não chegou o abraço que Adriana lhe tinha dado. Por dentro Daniel, pensou em tudo, todas as suas memórias esquecidas foram reavivadas, a todos os níveis; acho que posso dizer que Daniel havia renascido: Uma pessoa pura, sentada no braço do sofá da sala dos avós, abraçada pelo avô, a ver televisão em conjunto; as vezes que se levantou as 5:30 de modo a ver todos os desenhos animados possíveis. As vezes que saira com a avó, à praça, à igreja, à catequese, à própria escola, onde não conseguia aguentar nenhuma refeição até meados do primeiro período lectivo. Consegui ver, entretanto, um mini-Daniel a brincar com as raparigas às caixas, às lojas e o mal que se passou no 3.º ano do ensino básico. A partir de aí a abrupta sociedade, de vendas nos olhos, começou a julgá-lo até aos dias de hoje; A menina, o gay, o paneleiro, eram dados nomes a Daniel todos os dias, faziam-lhe a perna todos os dias, até conseguiram brincar com a sua inocência de modo a que ele fosse obrigado a ir para o pior lugar da sala de aula. Foi assim que agradeceram as vezes que ele lhe tinha feito os problemas de Matemática ou então as respostas de Língua Portuguesa.
Ele sai do ensino primário e ao entrar no ciclo a história repete-se, começa a ser posto de lado, pelos colegas de escola; aí aprende constantemente que ele e só ele percebe o que ele próprio estava a sentir. No entanto, surgem, como anjos, 4 pessoas excelentes que o acompanharam até ao final do 3.º Ciclo que o ajudaram a todos os níveis; mas nunca o viram chorar, durante todos aqueles anos. Anos se passam e no 8.º, Daniel conversava com as colegas novas e ao descair-se um pouco, apenas acerca de 1mm, toda a escola sabia o segredo dele. Aí e após ser desmistificado tudo, ter emocionado professores e funcionários, aumenta a rejeição dos colegas de escola. Acho que para os outros apenas interessava as vezes que Daniel deixava que os outros vissem os TPC, ou então que lhes safasse das faltas. A sociedade do mundo de Daniel, o mundo Terrestre, julga-o de forma tão abrupta, tendo até a possibilidade de excluir e dos outros terem nojo de uma pessoa tão dedicada aos outros. Daniel apercebeu-se aí que não aguentava; o seu sorriso, tornou-se numa cara séria; perdeu toda a sua dignidade; ele era como um pó que estava no meio da vida dos outros. No entanto, e após de tudo, consegue cosntituir em 36 anos de escola, pela primeira vez, uma assembleia de alunos na escola onde estava. Rapidamente e por engano foi excluído de uma coisa que tinha sido ele a criar.
Ao pensar que ao mudar de escola, para o ensino secundário, as coisas melhoraram, no entanto, em quase nada muda. Os colegas já eram conhecidos dele, ou então a maior parte. Ele aí, começa a chorar, toda a sensibilidade mudou quando, num cubiculo vê coisas sem pensar nelas, sem merecer que elas acontecessem. Para o salvar, se foi esta a sua missão, uma das suas colegas, conseguiu tirar o mestrado no curso de "Entededor de Personalidades" e passa a vida, ao contrário de outros, a constituir uma dupla excelente com Daniel. Quando, por fim, as más-línguas percebem que não chegam a nenhum sítio , ele conehce um novo amigo, José. Companheiro dos manos, no presente, acompanhou-o(s) durante todo o ensino secundário. Porém, para Daniel quase tudo se mantinha: ele era como se fosse usado; continuou sem sorriso, sem poder viver o que queria viver, a ter de ser sério para afastar pessoa da sua esfera pessoal e integrar outras.
Após tudo isto, Daniel acorda, com uma dor de cabeça estonteante, e Adriana pergunta a Daniel que se passou. Sem mais nada, ele dá-lhe um estalo.