segunda-feira, 13 de julho de 2009

A 2, não é difícil (Parte 34)

Daniel vê a mesa com salpicos de água e pára de escrever. Repara assim em Adriana que estava a ver o que Daniel estava a escrever. Acho que Adriana nesta altura, conseguiu transmitir tudo o que queria a Daniel. Nenhum dos dois fez juízos errados. E, na minha opinião, reiniciaram tudo, 'destruíram' tudo e começaram a pôr o primeiro tijolo de novo.
Assim sendo, depois de terem tomado o pequeno-almoço, sairam juntos de casa, e dirijiram-se ao fórum. Combinaram que não poderiam falar em pretérito nenhum, porque queriam sentir tudo de novo, para não ter erros e não causar problemas. Cada um surpreendeu o outro. Confesso que me emocionei interiormente, porque não pensei que Daniel fizesse o que fez para ver a irmã sorrir. Daniel contentava-se com pouco, e um abraço forte da irmã fez com que pudesse lançar o sorriso que mal se vê.
Estava um dia solarengo e os irmãos combinaram que iam à escola que os acolheu para passar uma boa manhã e rir um bom bocado. Foi de louvar a combinação de jogos que escolheram fazer desde o fórum até à escola. Cavalitas, macaca, corre e pára; acho que as pessoas os apelidaram de 'malucos', mas muitos aplaudiram-nos, à sua passagem. Na chegada à escola, 'aiaram' os dois e começaram a canar o hino do Agrupamento.
Acho que até eu, que sou um pé de chumbo dancei, e olhei para todos os lados, mas ninguém me viu. Conseguem dar a volta à escola e infelizmente recordar-se de três pessoas que foram muito importantes nas suas formações. A família de Adriana e a professora de Filosofia do 10.ºAno que por estranho que pareça reencontram-na no 1.º ano de faculdade.
Daniel desvendou um segredo, muito bem escondido. Mostrou pela primeira vez na vida o antigo 'gabinete' dele. Nenhum membro do corpo discente sabia que Daniel tinha um gabinete, mas era a partir de lá que ele coordenava todo o tipo de papelada que era preciso. Adriana não ficou com muito boa cara... mas Daniel utilizou o truque para a fazer rir e acabaram por passar um bom bocado ali.
Os manos lembram-se que saia em ambas as faculdades as notas finais do semestre e por estranho que pareça, foram os dois às duas faculdades. Daniel que detestava Artes e Adriana que metia-lhe um pouco impressão ver tanta gente ao molho e muita gente.
Passaram os dois com as notas mais altas e, sem mais nem menos disseram ao mesmo tempo, 'Somos infalíveis'. Cada um fez uma interpretação diferente, dessa expressão e regressaram a casa, no entanto, num ápice, uma colega que passou na rua, que havia sido cumprimentada pelos manos, beija Daniel. Ele fica imóvel e Adriana continua o seu caminho. A todo o custo, Daniel impede aquele contacto físico, mas Susana não deixa. Quando os manos chegam a casa, é de notar a cara de tristeza dos dois.

domingo, 12 de julho de 2009

A 2, não é difícil (TF3)

Lisboa, 19 de Novembro de 2012
Estou num quarto branco. Sem televisão, computador, companhia, estou simplesmente de branco a lidar com pessoas vestidas de branco. É algo que me mete confusão, mas fui eu que me meti nisto para ter a minha vida salvada. Recordo-me perfeitamente do tempo em que discutia com a minha companheira de casa, a utilização da forma regular ou irregular dos partícipios passados com os verbos ter e haver. No entanto, até isso desapareceu. Acho que ela se esqueceu de mim, ou então, não ligou à mensagem escrita que lhe deixei em cima da mesa de cabeceira.
Amanhã vai ser um grande dia, de onde passo a ter 3 alternativas para mim e para o meu corpo, ou fico em coma, ou sobrevivo ou então fico na mesa do bloco operatório. Admito que tenho medo. Nunca tinha passado por nada assim. Todas as outras foram comigo já inconsciente ou foram pequenas. Acho que alguém caminha em direcção ao meu quarto. E vem, é uma enfermeira. Parece que me vão dar algo relaxante, para eu amanhã ir já mais calmo para o 'terror'.
Espero que consiga sobreviver, quero acabar de tirar o meu curso, e ao menos, poder trabalhar até aos 40 anos. Se não aguentar, é porque devo ficar por aqui. Não quero pensar nisso agora, tenho de estar relaxado para a anestesia não ter mais nenhum efeito terciário.
Penso agora em toda a gente que se ligou a mim, a minha família, os meus amigos, as pessoas que conheci; devia ter feito algo para travar tudo de mal, mas não calhou.
Tenho saudades da Adriana, ela não pode estar aqui, mas nem se lembrou de me ligar. Quem me dera que pudesse dizer que a relação que tenho com a minha irmã era igual à da vida de uma 'coroa imperial', uma flor que tinham quando era mais novo: Quando arrancava uma folha, cuja estava a cair ou a amarelar, esta voltava a crescer verdejante. Tenho pena de que esta relação não seja assim.
Acho que me estão a dar o sinal para eu descansar. Amanha tenho um grande dia em cima. Cedinho vou viajar até ao primeiro andar.
Adeus!'

sexta-feira, 10 de julho de 2009

A 2, não é difícil (Parte 33)

A atitude de Daniel, após ter lido aquele texto mudou por completo. Assim sendo, ele passou a noite a sorrir e estar a 'brincar' com Adriana, tal como faziam há uns anos. Parece que é uma acção rotineira, corre bem, chega a tempestade, e no fim, regressa a bonança. Cada vez acredito mais nisso. Desta vez, Daniel adormece em cima da mesa da cozinha e Adriana não reparou. Estava a ver televisão. Mais tarde, por volta da primeira hora da madrugada, Daniel acorda e vê que estava sentado na cadeira da cozinha. Nesta altura, estava Adriana com sono, já de cabeça caída no sofá. Daniel tira um lençol da cama e dá-lho.
As restantes horas até à primeira acção rotineira do dia, o pequeno-almoço, foram passadas a descansar. Mal raia o primeiro pedaço de luz, Daniel levanta-se e vai para a cozinha. Lembra-se de ir escrever.
Como a irmã se havia deitado tarde, ele esperava que ela se levantasse tarde.
Fiquei emocionado da forma como Daniel escrevia, conjugava as palavras, compunha as frases e ligava os sentimentos que raramente poderiam ser escritos. Ele escreveu algo como:
'Mana, como estás?
Acho que estás muito bem, depois da noite de ontem. Tive pena de ti, porque está quente, no entanto, a noite aparentava o frio, daí estares tapada com um lençol. No entanto, e indo ao fundamental da razão que me leva a escrever, tenho de te agradecer especialmente ao texto riquissímo que me enviaste ontem. Há muito que não recebia nada assim, mas este texto fez-me recordar todos os nossos velhos tempos, que, na minha opinião, foram excelentes. Espero que desde a noite passada, possamos voltar a tê-los, mesmo que não sejam completamente iguais, pelo menos em mais de 85% da igualdade.
Todos aqueles sentimentos que rolavam da tua boca, que entravam nos meus ouvidos contrapunham a totalidade daquele ditado do 'entra a 100 e sai a 200'. Escutava com atenção toda as dulcíssimas palavras que 'lançavas' para mim. Sorria como tivesse a sorrir para uma alteza real, a quem tinha um dos valores mais altos de respeito. Após aquele fatídico acidente e tanto tempo a viver juntos, cujo facto, foi uma 'obrigação' para ambos. Endento perfeitamente todos os teus medos, os teus receios, a tua falta de confiança que possa existir, em alguns casos, depois de ter ficado sem Sol durante 30 dias que para mim foi uma eternidade.
Porém, esses tempos passaram e eu digo BASTA depois de tanto tempo a pensar no assunto. Eu quero estar com a pessoa que conheci e que estive ontem à noite. Uma pessoa bem-disposta, alegre, confiante, sorridente e confiante. Não consigo, hoje, esconder o meu sorriso. Quero estar de alma aberta, para te poder dizer que sim, és minha irmã.'
Sem dar por isso, Adriana chora ao ler o texto que Daniel havia estado a escrever em todo aquele tempo...

terça-feira, 7 de julho de 2009

A 2, não é difícil (Parte 32)

Depois daquele pequeno-almoço, Daniel sai sem dizer anda a Adriana, deixando-a preocupada. Ela segue-o, e pensa que irá para uma paragem de autocarros ou para o Fórum, no entanto, ele supreende-a ao ir para o miradouro da Avenida do Rio, onde começa a debitar palavras à toa e alto. Estava sozinho, mais ninguém estava ali, naquele momento, assim sendo, Daniel, comela a chorar, deixando com pena Adriana. Ela que estava mesmo atrás dele, não se queria mostrar, porque ele não sabera que ela o seguira. O facto é que Daniel permaceu ali durante horas, modificando a sua atitude, entre a declamação e o choro.
Quase que adivinho que Adriana se sentiu culpada daquela acção. No entanto, Daniel, num simples momento levanta-se e dirige-se a casa. Mais rápida teve de ser Adriana, uma vez que Daniel não sabia que ela o havia seguido.
Ao chegar a casa, Daniel vai direitinho para o quarto, onde começa a escrever no seu diário e a programar as férias. Essas férias deixavam-no triste, mas ele tinha de as fazer. Queria pensar, ele estava confuso perante toda a situação que existira entre ele e Adriana.
Sem mais nem menos, algo o faz mudar de ideias. No canto direito do computador aparece uma chamada de atenção, que diz que ele havia recebido um e-mail.
Daniel abre-o e repara que o endereço é-lhe bastante familiar, era o de Adriana. Comovi-me bastante com o e-mail, ela havia mandado todas as fotografias, textos, cartas que Daniel lhe tinha mandado, bem como algumas respostas que ela lhe tinha dado e escrito. Ele passa as páginas e na última, repara no texto: ' Indiferente, como é possível que tenhas achado que és-me indiferente? Eu vivo contigo há 3 anos e meio, podemos ter as nossas turras, podemos-nos afastar,podemos estar um pouco chateados, ou até mesmo não nos falarmos durante dois ou três dias, mas nunca te consigo passar ao estado de indiferente. Contigo eu também aprendi a viver, com sorte a reeducar alguém, a partilhar espaços que antes partilhava com a família e apenas com ela, a deixar de ter muitos dos meus segredos. Afinal apenas fiquei contigo ao meu lado Daniel. Não tive mais ninguém nestes últimos quase 4 anos. Posso ser um pouco esquecida e distraída, mas os sentimentos que passaram por mim eos sentimentos que tenho, não são esquecidos. E sim, mesmo que não o diga, és uma pessoa importante, ou melhor, muito importante para mim!'.
Após ele ler o texto, sai do quarto e vai ter com a irmã num infímo minuto. Para ele, aquele minuto fez com que tudo fosse apagado e ele reiniciasse tudo de novo, mas de um novo patamar, o da estabilidade mútua.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

A 2, não é difícil (Parte 31)

O facto que Adriana nunca havia pensado é que todas as palavras que Daniel lhe dava, como por exemplo, o caso de dizer que estava tudo bem, que como já referi anteriormente, era uma mentira, continuava a fazer com que Adriana pensasse que Daniel estava bem. O facto é que a amiga com quem Daniel, um simples estudante de Medicina, no 1.º ano, tinha ido jantar à Costa, deixava muito a desejar. Nada aconteceu entre eles. Já era de esperar, confessou-me Daniel, há cerca de 3 dias.
Mas algo de repente muda na vida de ambos os manos. Ele, regressa a casa, completamente cheio de saudades da mana, e ela, está sorridente, também, mas Daniel, rapidamente sentiu que algo não estava ali bem. Ele conhecia-a bem, e, por isso, não a questionou acerca de nada. Deixou apenas as coisas fluirem e assim, tentar perceber o porquê daquela pequena diferença sentimental, naquele momento.
A noite havia chegado, Daniel, atarefa-se na cozinha, e tranca a porta. Estava a preparar algo que Adriana gostava, mas ela não poderia saber o que é.
'Como é óbvio, acho que Daniel nos deixou a pensar que mais um prato típico português, no entanto, não o era.'
Daniel, após reabrir a porta que dá acesso à cozinha, mostra à mana o jantar. Ela admirou-se bastante, porque sabendo que Daniel não gosta de pizzas, ele fez-lhe duas, gigantes. Ele aproveitou e também provou um nadinha das pizzas concebidas.
Ele acabaria por comer as sobras do jantar do outro dia, que, Adriana tinha feito. Estava bastante bom o que ela havia feito, no entanto, Daniel cai na cama com uma 'pedrada' gigante.
Assim sendo, por volta das 21h 30m já todas as luzes estavam apagadas naquela casa. Os manos ansiavam o início das férias que era logo no dia seguinte.
Durante a noite, não se ouviu qualquer ruído fora do normal. Adriana dormia normalmente como um rainha na noite. Daniel estava na cama, às voltas, mas de olhos fechados, o que parece que ele estava ou a ter pesadelos ou a sonhar. O que vos posso dizer é que algo de 'anormal' se passava ali, uma vez que ele, quando costuma ter insónias, levanta-se, dá uma volta pela casa e regressa ao quarto.
Consegui, num intervalo pequeno, ouvir duas palavras: 'Não, não!'. Parecia que algo se havia passado.
Daniel, na minha opinião, estava a sonhar com Adriana, a pensar que ele estava sim triste, no entanto, quando vê o sorriso dela, entende-o, como uma força que o levanta e diz: 'Então, anda lá!'.
Daniel, como já disse, anteriormente, pensa que Adriana está cansada dele, no entanto, pude constatar que no diário dele, tudo é cada vez mais sucinto, mais resumido. Acho que Daniel tem perdido a inspiração para escrever. Porquê? Acho que nem ele sabe. Apenas tem medo. Medo de com a escrita magoar a irmã e os outros. Ele quer, penso eu, que tudo fique bem.
Na manhã seguinte, Daniel deixa o pequeno-almoço pronto na mesa da cozinha e senta-se à espera de que a mana apareça, nem tardou muito.
O tema daquele pequeno-almoço foi o sonho que Daniel havia tido naquela noite. O facto é que Adriana, no seu interior, congratulou-se e sorriu para dentro. Foi pena não ter demosntrado a Daniel isso. Ele acabou por pensar que ela tinha mostrado indiferença.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

A 2, não é difícil (EPG)

É difícil de após tantas coisas e pouco tempo literário se chegar ao fim de uma aventura, se é esta a palavra correcta, com altos e baixos, com direitas e esquerdas, com tudo um pouco. Enfim, acho que os manos neste momento, estão que casas dferentes, Daniel na antiga casa dos avós e Adriana na sua casa. Daniel, sem Adriana saber deposita-lhe, quando ela não está em casa, debaixo do colchão da cama, 250€ para compensar todo o tempo que estiveram juntos. Não se falam, mesmo que vão no mesmo modo de transportes, ou na mesma rua, escolhem sempre direcções opostas para se sentarem ou então para caminharem. Recentemente, Daniel disse-lhe olá numa SMS de telemóvel, à qual não obtém resposta. Lembrou-se assim que José, seu companheiro de curso e colega de consultório, tinha combinado uma saída de velhos amigos, à qual nenhum dos dois sabia que o irmão havia sido convidado.
Foi uma grande surpresa quando viram o outro. Haviam os dois mantido as mesmas características de há tanto tempo. Ele mantinha-se igual, quando mostrou o caule no dedo da mão esquerda e da cor dos olhos castanho-avelã que Adriana tanto admirara. Ela, por sua vez, manteve as mesmas cócegas, o mesmo carinho, o mesmo tudo, mas no entanto, nos últimos 3 anos, não o demosntrou a Daniel.
Sinceramente eu, não sei que fazer. O que lhes hei de dizer? É difícil, quando depois de tanto tempo, tudo se mantém igual.
Sem nada mais, convido-os para uma ida ao cinema, e ambos, ao mesmo tempo, pedem para eu, ficar ao meio. Cumpri o que tinha ouvido. Não iria dizer que não a dois amigos de 'longa' data.
Tive a dormir todo o cinema. Apenas reparei no último riso que Adriana fez, quando Daniel lhe toca na cintura; além disso, notei na frase que ele lhe diz: 'a minha fonte de inspiração secou'. Acho que não houve qualquer resposta. Fiquei emocionado :')
Sem mais nem menos, eles despareceram, na escuridão da sala, e eu, fiquei, ali, sozinho, a bater palmas para o bom trabalho que os dois haviam feito.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

A 2, não é difícil (TF2)

Barreiro, 7 de Fevereiro de 2012
Tanto tempo que não escrevi por cá. Tinha de ser mesmo, após 3 anos certos da minha perda; no entanto, sinto-me agora bem e sei que tenho aqui um desabafo. Sinceramente, tenho passado os 3 últimos melhores anos da minha vida, com uma companhia excelente. Não poderei pôr qualquer defeito. É como se a minha própria irmã me fizesse esquecer todo o mal e apenas me desse a mostrar o bom e o lado positivo da vida e das coisas. Tenho medo. Sei que em Junho é a última vez que estaremos juntos na mesma escola. Espero que continuemos a partilhar casa, porém tenho um remoinho estranho, por estar aqui sem pagar nada. Mas ela assim o quis.
É um dia de memórias, não há muito mais para escrever. Apenas que simplesmente, adorei o jantar que preparei com minuciosidade. Penso que Adriana também o adorou.

A 2, não é difícil (TF1)

Barreiro, 7 de Fevereiro de 2009
Foi um choque tremendo, consegui ao mesmo tempo perder toda a minha família e ganhar parte de uma nova. Não sei que fazer, que pensar, que achar. Sinto-me vazio. Todas as recordações que tinha têm de ser apagadas. Como é que poderei fazê-las? Todos os ensinamentos, gostos, entre outros que adquiri, foi devido à família que perdi. Sinceramente, acho que não sinto o que escrevo, simplesmente está a trabalhar o meu interior para eu conseguir ter algo escrito num dia tão negro como o de hoje.
É como ter chegado ao fim de uma linha de comboio e ter estado na última carruagem ao contrário dos restantes, e o agulheiro, de um momento para o outro, faz a agulha que nos permite sobreviver ou então ainda não chegou o nosso fim, a data da nossa morte.
No momento da 'agulha' vi toda a minha vida mudada. Agora somos só 2 a viver numa casa sozinhos, sem saber o que fazer, espero não desiludir ninguém com os meus defeitos e aprofundar as minhas qualidades. Sinceramente, acho que com quem fiquei percebe-me e consegue perceber o tudo.
Apenas poderei ter certeza de isso, quando vivenciar a expressão que aqui coloquei. Espero não me ter enganado.
Não posso sentir-me mal, se me sentir, a minha família também o estará. Devo sorrir e continuar a vida para frente, tal como era o desejo de toda a gente que perdeu ali a vida.
Vejo alguém sentado na sala a chorar, fortemente, não obstante, não me consigo aproximar. Sabendo que a dor é a mesma não consigo. Nem o consigo explicar. Atrevo-me a chamar-lhe 'irmã' ao vulto que ali está. Digo mais uma vez que não a quero desiludir.