Certo dia, num rico campo real, encontra-se um sol e uma pequena árvore, murcha pela sombria vida que havia tido anteriormente. A árvore quando vê, o primeiro raio de Sol, cresce, ficando tão verdinha como as outras plantas e ervinhas que estavam no campo. Cada dia que passava, a plantinha crescia, e começou a ficar com tronco castanho. De crescer tanto, agarra o Sol, pela última réstia naquele dia. Puxou-a tanto, que ela ficou ali agarrada à última e frágil folha da árvore pela noite dentro. Assim, passou a ser regularmente. Cada noite que passava a planta estava cada vez mais viva até que certo dia, o Sol deixa não só uma réstia de Sol, mas sim quatro réstias de fora. Iluminou menos a outra parte do campo. Para ele, a plantinha tinha de crescer saudável.
O mal é que o recurso permanente ao Sol tinha um tempo limite. Após a primeira semi-noite com quatro réstias de fora, haviam-se passado cerca de três meses. O Sol estava cansado, derreado pela força que a planta fazia para ser ela a única a ficar com ele, mas não podia ser. O tempo tinha-se esgotado. O Sol desapareceu por um certo período de tempo. A plantinha de tão grande que estava não conseguia realizar nada para que se mantivesse viva. Murchou de tal forma que, quando voltou a ver os raios de sol, de novo, pensou que devia ser uma alucinação. O Sol nunca tinha voltado, depois de se ter zangado com uma planta. Mas ali não era nenhuma alucinação. Era realmente, o Sol, aquela força excelente e extraordinária que a deixava vivo. Numa determinada noite, a plantinha que tinha atingido a altura máxima, conversa nos braços do Sol. Uma longa e engraçada conversa. O Sol deixou de ser quente naquela zona para que a plantinha pudesse estar debruçada ao pé dele.
- Amigo Sol, porque é que tens um sorriso tão grande?
- Querida árvore eu não sei. Já a minha mãe é assim.
- Sabes, Sol, eu senti tanto a tua falta naquele tempo que não me iluminaste. Mudei de cor, fiquei completamente sem luz, ia-me sobrecarregando de CO2.
- Pois é. Mas se não te metesses onde não eras chamado isto não acontecia. Mas passou, agora estou cá para te ver crescer mais uma vez.
- Podemos recordar as nossas coisas, mais uma vez, Sol?
- Claro.
- Lembras-te daquele dia em que ficaste pela primeira vez com um raio a iluminar-me até tarde e quando tu deixaste mais três a iluminar-me. Fiquei tão feliz. E quando fomos os dois ver uma coisa num sítio escuro, que tu iluminaste aquele lugar tão grande. Mas também, não foram só coisas boas. Também nos chateamos várias coisas, pelas más coisas que eu fiz na Escola da Terra, se te lembras.
- Lembro-me sim cara amiga.
- Gostava tanto daqueles dias em que tu me reconfortavas com palavras bonitas de manhã à noite e das nossas brincadeiras, que eu acabava por me queimar. E naquela altura que eu modifiquei o solo com tantas palavras novas. Só conseguia fazer isso com luz. Se não fosses tu quem seria? A lua, aquela coisa, tão longe e tão pouco luminosa.
- Não desprezes os outros! Não te lembras do que eu te ensinei?
- Não, não me esqueci. Mas espero que também não te tenhas esquecido do que aprendeste comigo, Sol.
- Claro que não árvore. Quando se aprende, não se desaprende.
- Tenho de ir embora. Precisam de mim lá em baixo. Obrigado por tudo e por deixares três raios teus para me iluminar. Não quero ser aquela mini-planta pequena e frágil. Tenho-te a ti, Sol.
- Vai lá. Vou pensar em várias coisas. Gostei muito de falar contigo árvore.
- Até à próxima, ou melhor, até amanha.
A grande e nova árvore sentiu-se reavivada. Será que o Sol a deixou?