Pensamos sempre que dizemos tudo, mas fica sempre algo por dizer. Com todas as pessoas, todos os assuntos, é como que o nosso estômago dissesse que vais perguntar e depois o nosso sistema nervoso se alterasse e proibisse que disséssemos tal coisa.
E de facto, ficamos depois a pensar se o que nos faltou dizer a quem quer que seja podia ter ajudado a resolver o se estava a falar. Por acaso, eu sou muito medroso nas amizades. Tenho medo de as perder, especialmente aquelas que eu mais estimo. São nessas relações que os nervos entram mais. É como o seguinte dia: De manhã, quando nos lembramos do assunto, está Sol. Depois, à hora de almoço, quando tentamos dizer, é quando o céu fica nublado. E à tarde, quando podíamos dizer, chove. E já não dizemos, e entretanto chega a noite.
As nossas ideias acabam por ficar reprimidas. Por um lado até é bom, por outro podem ficar a ficar a remoer e aí nada melhor do que dizer mesmo.
Mas passando a outro assunto, o blog. O meu blog que já levou tantas voltas na sua pequena vida. Já teve o nome de "Vapetece xP" e depois acabou por mudar para o nome que tem atualmente. A vida acaba por nos enfrentar com situações que nos faz pensar duas vezes e uma destas, foi mudar o nome do blog. Questiono-me várias vezes quanto à continuação dele. A inspiração falta e tem sido escassa. Por muito mais que eu queira não consigo ver fruto daquilo que desabafo. Sim, porque nem tudo o que aquilo que escrevo é ficção e por vezes tem alguma mistura de realidade que me atormenta. Não quero que este espaço seja apenas para descarregar quando preciso. Apesar de que neste post, já não o está a ser.
Caros Leitores, o que vos posso dizer é que por estes textos já passaram amores, grandes mesmo. Amores com A grande. Daqueles que não se esquecem de um dia para o outro. Que demoram a esquecer. Daqueles que quem tem/sofre de olho e ouvido bem apurado vê e ouve o que quer e o que não quer. Houve tristezas, sim também com T grande. Daquelas enormes que demoram meses a curar. E ainda me pergunto por vezes, se elas estão curadas.
Passaram por aqui duas grandes histórias, que se fosse agora não sabia escrevê-las, apesar de tudo. Não tinha a mínima vontade. Acabo sempre por ter um pouco da minha pouca autoconfiança nos textos. E por mais que queira não trovejar dos olhos, acabo por fazer isso quando menos espero e quando menos quero. Por mais que queira ser como sou, não posso, porque a sociedade não está estereotipada para pessoas como eu. São nestes momentos que me sinto mais triste. Apesar de existirem sempre vozes que se levantam e me põem para cima, há sempre algo mais (que não se diz - mas que se sente) que nos deixa mais em baixo.
E depois de tudo, ainda vêm as relações de novo. Aquelas em que acabamos por sofrer. Ou por pensar que determinadas pessoas são superiores a nós. Com isso, eu sofro, mas acabo por pensar que sou uma pessoa simples, não sou rico, não tenho irmãos e acabo por não ver o meu pai. Apenas dependo de mim e da minha vontade para viver (esquecendo dos bens materiais e da família). E não, jeito para fazer amigos e para os amigos, também me levam a dizer que não tenho. E que sou bastante difícil de aturar (parece que vais uma vez voltámos à minha baixa capacidade de realização emocional). Por mais que me elogiem, parece que falta sempre algo. Esse algo, por muito mais que eu queira saber o que é, não o consigo saber. Quando tenho momentos mais felizes, sozinho, acabo por me retrair e não dizer nada porque sei que os meus amigos, apesar de verdadeiros a maioria deles, não gostam do que me faz feliz. Eles também me dão na cabeça por isso, mas acho que é respeito.
Agora, devo e tais pessoas merecem um lugar específico neste blog que já dura há algum tempo. Não tem qualquer ordem, apenas é a ordem que me veio à cabeça.
O grande amigo bloguista ali do lado do Another Soul in the Open. Ele deu-me e passou tanto tempo comigo que me fez perceber que eu era verdadeiramente uma "esponjinha absorvente de tristeza". Mas também digo que foi com ele que eu falei dos meus amores verdadeiros. Da minha única paixão viva. Dos meus projetos futuros. Dos meus maiores medos. Do que mais mais e menos queria na minha vida.
A mart'jinha... Claro. Essa miúda. Quando eu a conheci, só podia ser uma adolescente do piorio. Nãos e dava muito comigo. E achava-me irritante. Por mais que queira, ela adivinha quase sempre quando eu não ando muito bem. Ela merece o meu apoio sempre que eu o possa dar!
Aquela miúda. Bem, aquela miúda... É uma mulher já. Sei lá o que dizer. Dos adjetivos, passámos às conversas sérias e daí à realidade crua e nua. Pensámos no pior e no melhor, no correto e no incorreto. É a pessoa que eu mais louvo. E de facto é verdade. É a pessoa mais evoluída que eu conheço neste momento. Que tem um mecanismo de regulação interna a todo o nível fantástico! Quem me dera a mim tê-lo. E tem um projeto de vida fenomenal, pelo menos tinha. Agora nem tudo é um mar de rosas. Como é óbvio também há tristezas quando tudo acontece bem. E é ela que faz parte do meu maior medo. Espero nunca a vir perder o comboio. Nem que seja preciso estar agarrado aos ferros da última carruagem para não cair à linha.
Depois, acho que a minha amiga, primeiríssima em tudo pelo seu nome merece também destaque, apesar de me ignorar quando eu a chamo nos intervalos na primeira e na segunda vez, mas também o passado que tive com ela tende a mudar a ideia por completo. Se não fosse ela, agora estava muito mais arrogante do que agora.
E por fim, tenho de destacar uma menina de nome português, mas que eu a trato sempre por um nome francês. Por mais que queira, está demasiado infliltrado no sangue isto já. Esta rapariga é super gira, mas não tem tido sorte com os rapazes. Eu choro com ela e ela chora comigo. Quem me dera viver ao pé dela, na maior parte do tempo. Mas parece que tal não é possível.
E por muito que eu queira ter respeito, cá dentro quando tem de sair, sai. E quando não é possível dizer sempre tudo bem, também se diz mal e critica interiormente e sozinho as pessoas. Mas acabo sempre em respirações profundas para esquecer o que disse.
Não posso deixar de referir que não tenho um grande lema na vida. Apenas quero tentar encontrar a felicidade quando morrer. Dado que quando a tento apanhar, ela foge a sete pés de mim. Por muito mais que digam que eu tenho sorte na vida, coisa que não posso negar, há certos casos que não há sorte. Por muito que achemos bem, não dá. E isso custa-nos a aceitar.
Esqueci-me de há pouco uma pessoa. Uma grande amiga, já com mauito mais idade do que eu. Mas é uma grande e valiosa amiga. Permite-me desabafar quando mais preciso e é uma leitora atenta do blog. Ela também merece um grande OBRIGADO!
E assim, caríssimos leitores chega ao fim mais um post do Ficfacto. Espero que tenham gostado e que nos posts seguintes, o Dupé esteja um pouco mais feliz, ou mais contente. E não esteja ainda a encontrar oque lhe possa fazer bem, dado que o fez não deu resultado!