Dois mil e nove, um ano que segundo, a numerologia, representaria o altruísmo, a fraternidade e a espiritualidade, devido à existência do algarismo 9. Mas será que foi bem assim o ano a nível mundial? Existiu altruísto, espiritualidade e fraternidade de forma a que o fos e o Mundo melhorasse? Na minha opinião não; A crime mundial não deixou que a maioria das pessoas pudesse melhorar a sua vida. Aumentaram sim o número de desempregados, o número de verdadeiros "pobres" e aumentou também o distanciamento entre mais e menos abastados. No fundo, a desigualdade reinou num ano em que tudo se previria ser ao contrário.
Pois bem, além de estatísticas incorrectas e de incompreensibilidades numéricas e lesgislativas, foi um ano positivo. Foram 12 meses de aprendizagem e de (in)conforto emocional. Deu para aperfeicoçar a racionalidade e para entender que nem tudo é simples. Também disse este ano que por vezes estar calado e esconder uma realidade é mais seguro para nós, ou então somos como que "calados" por outros.
Num resumos, nos doze meses do ano, aprenderam-se coisas diferentes.
Em Janeiro, vimos o outro lado da amizade e compreendemos a importância da nossa pessoa para determinado ser humano;
Em Fevereiro, percebemos que, no fundo, temos de ter cuidado com o que falamos. E que tudo conta para que relações mudem;
Por Março, contámos a tristeza e a solidão. O sofrimento e a dor de perda, por nossa culpa.
Passados 30 dias de Abril, reencontramos a "luz", pensámos de novo no bem, demarcámo-nos do irreal e caímos em NÓS!
Maio não causou agitação interior. Apenas Junho, quando nos apercebemos que tudo estaria a terminar, e que, teríamos de ver a realidade de forma real e não como nós queríamos.
Em Julho e Agosto recordámos as Férias, guardámos o rancor da diferença, e lembramo-nos que nada melhor que uma abertura bem dimensionada, para a fluência das palavras;
Quando regressamos em Setembro, vimos a alegria e o sorriso de novo e lembramo-nos que a rotina é o melhor para que possamos progredir na nossa vida escolar. Nos próximos 61 dias caímos no fundo do poço, quando demos conta que o que nós damos não é retribuído e aprendemos que a vida não é tudo como pensamos. Por vezes é melhor.
Finalizamos com Dezembro, o décimo mês no tempo de Júlio César, que nos atraiçou. Que fez de nós duvidosos, que nos fez pensar em fim e em re-princípio várias vezes.
Será que é normal tanta dúvida e tão pouca certeza?