terça-feira, 20 de outubro de 2009

Um olhar ao contrário.....

A vida, que mais, podemos descrever, na generalidade. Acho que nada, porque a vida engloba tudo. Porque tudo é vida, porque, sem nós querermos, tudo o que não é ser vivo, ou está dentro de nós e como tal, é uma vida que não é vida ou então, as rochas, os solos, que aos lhe tocarmos, ao nos sentarmos nele, ao lhe mexermos, transportamos uma não vida, que nos deixa, por vezes descontentes, mas se virmos o que se considera sem vida, tem vida!

A vida, a vida própria, a vida conjugal, a vida profissional, que mais vidas um ser humano têm? Infinitas se calhar. Quando deixamos de estar no trabalho e vamos para casa, deixamos de ser alunos e passamos a ser filhos ou irmãos. Mas, porquê? Porque não existir uma transversalidade de 'máscaras' e somos alunos também em casa. One Life??? Será que a expressão 'One Life' está correcta perante o século XXI? Acho, sinceramente, que não, porque, se temos máscaras e várias maneiras de ser, obrigatoriamente, temos 'várias' vidas dentro da vida humana.

Debruçando-nos agora na vida profissional, como é que possível descrevê-la? A estação de partida para a vida pessoal? Muitas das vezes é na profissão que conhecemos a pessoa que nos acompanha, anos após anos, lustros após lustros, décadas após décadas. Mas por outro lado, é nesta vida que sofremos bastante. É o choque para muitos, quando, alguém se levanta e diz que tal facto não está bem, e vai tentar mudá-lo, ou então, quando, a vida profissional dessa pessoa é diferente da vida profissional normal e a pessoa acaba com um massacre atrás das costas.

A vida pessoal, agora. Que podemos dizer sobre ela??? É nela que estabelecemos comparações, é nela sobre a qual choramos, rasgamos memórias, acumulamos lixo, e surpreendentemente pensamos nas outras vidas.  Pensamos que tudo é diferente entre várias pessoas e por muitas vezes ligamos o profissional ao pessoal, bem por um lado, mal por outro, no entanto, deixa-nos sempre desolados, quando fracturamos algo profissional e está implicado tal pessoa/acção na vida pessoal. É cruel, mas é a realidade.

Que mais dizer? Que ninguém é igual e todos têm direito a viver?

Que a diferença deve ser aceite por todos? É pena que assim seja, mas o mundo, e a sociedade portuguesa não estão preparados para a mudança, a visão de futuro, e a nova mentalidade. A pessoa x, por ser diferente da y, tem de ter os mesmos direitos! É escusado dizer que falar sem provas, não é justo, não é válido, mas não é crime, para pequenas coisas. Nem esta nova geração vai mudar. A '3.ª geração de malcriados' vai ser pior e mais cruel que a nossa ou que a anterior. E o passar dos anos? Em vez de 'sizar' as pessoas, tira-lhe juízo!