Não sei que cor hei-de especificar no título. Tudo parece carregado de raiva e de muita emoção aqui por dentro. Eu próprio, até posso desabafar, mas não quero magoar ninguém, nem dar a entender coisas erradas ou factos que são ficção.
Escrever? Foi nesta altura que comecei a colocar uma questão a mim próprio... Será que devo continuar com o blog aberto, continuar a escrever e, abstrair-me um pouco da realidade violenta que me rodeia. Acho que sim, e desde já peço desculpa a todos que possam vir a ficar magoados com o que escrevo, mas é algo que me está cá dentro. Mesmo que eu seja subjectivo, pode haver alguém que decifre a mensagem que estou a passar e ficar tristonho ou tristonha! Isso eu não quero!
Continuando, acho que a mente necessita de ser libertada. Aqui vai...
Sentia um calor enorme! Naquele dia nada me fazia, os braços não me doíam, as pernas aguentavam, força não deixava de existir e vontade rebentava pelas costuras. Mas ali estava eu, quente no cérebro e frio no corpo, como de costume. Fiquei de tal maneira confuso. Tudo isto se resume a uma palavra: diferença.
Se tudo fosse simples, poderia ver tal ser como vejo tantos outros, mas não! Não consigo! Em definitivo! Porquê? Está tudo no sítio, mas aqueles redondos olhos fazem a diferença! Aquele estúpido cérebro dá para mudar as ideias! Estupidez completa!
E agora, se eu disser tudo? Será que faço bem rebobinar e colocar as dúvidas ao de cima? Não sei. A médica colocou-me a questão "Se eu estava apaixonado?" e eu respondi que não, porque não estou. MAs sei lá! Há tanta coisa que encobre outra tanta coisa. Tantos bons como tantos maus. Acho mais uma vez que o problema sou eu.
Não vale a pena pedir mais! Temos de estar habituados a tudo. Pelo menos é o que ultimamente tenho pensado. Está sempre tudo bem, ou pelo menos quase. O que acontece é a simples coisa que é o tempo que passa e que tudo se torna assim, apesar de eu não querer! É como eu ver quem me é diferente crescer, tomar novas atitudes e acções e, por dentro sorrir e não dizer nada! Às vezes custa e não é pouco. Se eu dissesse tudo acho que o mundo me cairia em cima! OMG! Again! Já me estou a repetir.
O que sei é que não queria ter a adolescência que tenho. Sempre pensei que nesta altura poderia ter uma relação de namoro estável, forte, pouco quebradiça e de extrema confiança. Mas lá está! Como ninguém se coaduna com o que eu gosto, ... Ninguém gosta de mim amorosamente.
As amigas e os amigos chegam e sobram, apesar de se contarem pelos dedos das mãos (mais ainda bem!). Mas eles não podem a tempo inteiro ser responsáveis por me ouvir e por me aturar, apesar de muito próximos. Eles também têm a vida deles. Tenho estado calado para com eles ultimamente. Tenho deixado-os estudar, fazer a vida deles. Por vezes ainda sorrio quando me mandam SMS ao fim da tarde. Por outras vezes mando eu a chateá-los! Mas tudo isto me deixa transtornado... Porque acabo por os usar. E isso, também não quero!
O amor não é algo que venha num dia e vá noutro. Nunca consegui isso e não quero isso. Mas... Olha, é assim que tem de ser. Apesar de triste por vezes... Tenho de me contentar com o que tenho. Ninguém me tira da cabeça duas coisas. Por um lado, o estar sozinho à beira do rio poluído a ouvir a música que tanto me marcou na adolescência. Por outro, pensar estar na cama com a minha companheira ao lado, só na diversão, sentir a companhia aqui, ou estarmos a brincar de forma inocente.
O texto tem "Uma cor" como nome. Agora sim, acho que já consigo dizer uma cor: Branco - o desejo da paz e da tranquilidade - estabilidade e fluência!