sexta-feira, 24 de abril de 2009

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É estranho pensar que o fim pode estar tão perto. Fechemos então um ciclo e abramos outro já de seguida.! Tenta fazer isto tamém!

E sim, desta vez, PASSA-SE algo!

A 2, não é difícil (Parte 26)

É cíclico que sempre que algo de mau acontece, de seguida algo de bom vem repará-lo, mas depois, algo que nunca se pensou substitui o bom e o mau regressa. No entanto, se isto acontecer várias veres, mesmo quando o outro não sabe o que é, torna-me completamente derreante e estafante para aquele que matuta muitas vezes no mesmo assunto, no mesmo tema.
A noite havia sido demasiado tranquila para ambos, naquele sofá tão confortável, dormiram como anjinhos. Rotina que raramente é quebrada, acontece sempre, e Adriana tinha o pequeno-almoço feito e preparado. No entanto, apresentava mudanças... O leite com chocolate deu lugar ao leite de soja e o pão barrado com manteiga originou o pão com fiambre ou queijo. Daniel não admitiu que Adriana lhe perguntasse alguma coisa, comeram os dois, após ela ter falado num tom mais alto com Daniel acerca do martírio que ia ser para beber aquele leite de soja. Ele não ligou a anda do que ela disse. Saíram de casa e foram apanhar o barco a caminho de Lisboa. A surpresa foi quando Daniel apanhou o 732 e não acompanhou Adriana no metro. Um ligeiro e acolhedor roçar na cara e um segredar de "tem um bom dia de aulas, vêmo-nos logo" demonstraram que algo havia mudado. Estranho lá isso era, mas Daniel não disse nada a Adriana e ela ficou com a pulga atrás da orelha. Há última da hora, ela surpreende Daniel quando vai ter à paragem do autocarro com ele. Estranho é, por a faculdade dela não era servida por aquele autocarro, no entanto, Daniel pensou que andar um bocadinho não tinha problema. Adriana vê a paragem da faculdade de Farmácia a passar e Daniel não saiu. A paragem mais próxima para ela era a da cantina da Universidade, e quando o autocarro anuncia essa paragem ela pergunta-lhe, se Daniel sairia naquela paragem. Ele responde-lhe que não. Então ela pergunta-lhe se o médico mandou-lhe ir ao Hospital fazer algum exame a Daniel responde mais uma vez negativamente.
A pulga atrás da orelha continuava e Daniel quando chega ao término da linha, Hospital de St.ª Maria, dirige-se ao departamento e realiza tudo o que estava previsto.
Adriana, pelo outro lado, vai para as aulas, mas toma atenção ao telemóvel. Num dos intervalos recebe uma mensagem: "Olá mana. Vens almoçar comigo? Quero contar-te novidades!" Mais uma vez, estranho, achou Adriana, porque a faculdade de Daniel tem uma cantina própria.
Chega à hora do almoço e Daniel aparece de bata branca com uma mancha roxa no tecido. Em farmácia mexe-se com produtos químicos é normal, mas Daniel depressa demonstrou que algo de estranho se tinha passado. Algo que Adriana não se teria apercebido é que Daniel deixou claro numa das suas cartas anteriores o que ia acontecer e as mudanças que iam existir. Mais uma vez ela tinha-se esquecido do que era. Daniel não se desmanchou. Ele, sai da faculdade e chega mais cedo a casa. Tem o jantar ao lume quando chega, Adriana a casa.
Parecia cansada e completamente zangada com algum assunto...

domingo, 19 de abril de 2009

A 2, não é difícil (Parte 25)

Certamente que após aquela carta, Adriana corroeu-se por dentro, mais uma vez, no entanto, teve-se de fazer de forte para Daniel, não reparar que ela se tinha emocionado com a carta. A primeira coisa que ela decide fazer é pôr-lhe os phones, com uma suave música. Era um dos conselhos do médico, Daniel precisava de exercitar todos os músculos e Adriana, ajudou-o a exercitar o sentido auditivo. Porém, por volta da hora do jantar, Adriana decide ir para casa. Assim o fez, ela, quando chega, cansada e completamente enlagrimada. Pensa mais uma vez, que havia sido a culpada de tudo o que se está a passar a Daniel. Relembrou-se da conversa do médico:
"Boa Tarde, eu sou o Dr. Feijó, vou explicar-lhe tudo o que fizemos ao seu irmão. Ele, sofria de uma pressão cerebral bastante elevada, devido ao excesso de trabalho que tinha e para além disso demonstrou um quadro bastante elaborado de stress e início de uma depressão. Só algo bastante grave é que poderia ter feito o que fez. Sabe o que pode ter causado isto ao doente? Adriana respondeu afirmativamente que possivelmente devia ser a conjugação de todos os sintomas e desejos, saudades que ele tinha. Nós perdemos os nossos pais, numa viagem, vivemos os dois juntos há quase quatro anos e ultimamente eu tenho andado diferente. Ele deve-se ter achado culpado e aocnteceu-lhe isto. O médico respondeu que era muito provável que isso fosse a causa do que se tinha passado."
Adriana, passados quase quatro anos, decide olhar para o passado e ver as fotografias que tinha da família, do real irmão, e dos pais. Complementou toda a amargura com um bom copo de água, como era hábito. Após reviver todos os actos que se tinham passado, decide escrever um texto, onde demonstrou o tudo e o todo. Escreveu, linha a linha, todas as razões, todos os motivos, todos os contextos, para que depois os pudesse guardar para ela.
Passam-se 30 dias, chega o momento de Daniel regressar a casa. Estranhamente a casa encheu-se de gente. Adriana tinha convidado as pessoas que ele mais gostava, Adosinda, Madalena, José, José Pedro, Andreia, entre outros. Era de louvar aquela situação.
Engraçada foi a noite, depois de a festa terminar... Foi passada como nada tivesse acontecido, depois de Setembro. Daniel ensinou Adriana a cozinhar os pratos que ele fazia e nessa noite, foi ela que fez o jantar. Ele, ao saborear, reconheceu o paladar, de que à muito não comia. Após o fim do jantar, foram ver televisão, bem juntos como irmãos mesmo. O tal jogo que Adriana detestava jogar, foi jogado entre eles, na maioria da noite... Ficaram empatados no final. Daniel pediu a desforra. Mas acabaram de adormecer de mãos dadas, no sofá, tapados com a mantinha multicolor da mãe de Adriana.

A 2, não é difícil (Parte 24)

Tic tac, Estávamos em Novembro e ele decide ir ao médico. Teve demasiadas dores de cabeça, mas sempre as escondeu de Adriana. Apenas lhe dizia que estava tudo bem. Num tal dia, Daniel falta às aulas e vai às escondidas ao médico. Ao fazer o exame, é-lhe detectado algo grave. Não sabendo o que é, pede ao médico para ir a casa, para depois regressar ao hospital para o internamento. No entanto, o médico diz-lhe que Daniel vai ser internado no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, e não aqui.
Daniel, ao saber disso, apressa-se em ir a casa, põe as roupas na mala e decide escrever algo para Adriana:
"Olá!
Eu sei que durante estes últimos dois meses nos temos afastado cada vez. É certo que ultimamente nos reaproximamos, porém escondi-te que vinha ao médico. Algo de grave se passa comigo, nem sei bem o que é! Fui internado em St.ª Maria, e não sei o que me vão fazer. Por favor, vem ter comigo, dá-me o teu carinho, porque eu em ele, não sou o mesmo a viver, não tenho aquela alegria, que tinha, continuo-me, por vezes, a sentir-me culpado de tudo o que passou.
Não tenho mais tempo para falar. O barco, o metro e o hospital esperam por mim. Infelizmente, não vou ter um dos meus sonhos realizados, mas sei que estou entregue em boas mãos.
Beijnhos Adriana, até ao dia que me fores visitar."
Assim, Daniel, o fez. Pediu na enfermaria de Neurologia, um quarto individual. Não esperava qualquer visita, Adriana era a única família que ele tinha.
Quando ela chega a casa, não vê Daniel, não ente o cheiro do bom jantar feito. Vai ao quarto e repara no bilhete que está em cima da mesa de cabeceira e lê-a. Após a atenta leitura, deixa-a no chão e não se apercebe que aquela carta é a realidade. Pensa assim, que a face brincadeira de Daniel podia ter querido dar um ar da sua graça.
A noite passa para ambos. Um, a soro, para outro, uma noite descansada na cama. De manhã, no dia seguinte, Adriana continuava a não ter o pequeno-almoço pronto, e percebe que aquela carta era real. Veste-se, num ápside, e põe-se no barco, a caminho de Lisboa. No momento em que chega ao hospital e à enfermaria correcta, a resposta que lhe é dada, quando pergunta por Daniel é que ele já havia sido levado para o bloco operatório. Ela apressa-se e tenta apanhar o elevador, junto à maca dele. Pensa, assim, durante as dez horas que passa à porta do bloco operatório, no que tinha feito, de bem e de mal ao Daniel. Após esse tempo, vê uma das tantas camas a saírem da sala de operações. Não o reconhece, mas ao perguntar se aquela pessoa era o Daniel e se era de Neurologia, ficou tudo esclarecido.
Chegam ao quarto dele e o médico apressa-se para informar a acompanhante do que se passou. Depois de Adriana ter ouvido tudo, martiriza-se pelo que Daniel está ali a passar naquela cama. Para ela, tinha sido a culpada de tudo. Ele, ainda com uma ligeira sedação, diz-lhe que ela não foi culpada de nada. Em seguida, abraça Daniel, demonstrando o carinho que lhe faltava, durante todos estes meses. Daniel, espantosamente, estende o braço para a mesa de cabeceira e pede a Adriana para ler a carta que ali estava. Após a leitura, Adriana deixa cair a carta e chora.... Parece que fica imobilizada...

terça-feira, 7 de abril de 2009

Quando?

Quando uma gota de água salgada cai, parece que o mar enche.
Quando corre água fortemente, parece que se encharca o planeta.
Quando nos sentimos mal e queremos que caia água fortemente, ficamos secos, chegando a sorver todo o mar que nos rodeia.
Quando resolvemos algo, o mar volta, a serenidade regressa e a dor é libertada.